Ativismo em um mundo (im)perfeito: relações públicas e cidadania para pessoas com deficiência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Salvatori, Patricia Carla Gonçalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27164/tde-01092021-230346/
Resumo: Esta tese busca compreender o potencial de transformação social das relações públicas, por meio das práticas estruturadas de ativismo para inclusão social e fortalecimento da cidadania das pessoas com deficiência intelectual e com Transtorno de Espectro Autista (TEA) no Brasil. O objeto da pesquisa foi constituído pelas relações e práticas comunicacionais estruturadas para mobilização e inclusão social de pessoas com deficiência intelectual, especificamente Síndrome de Down (SD) e Síndrome de Prader-Willi (SPW), e com Transtorno de Espectro Autista (TEA), comparando as realidades do ativismo nos contextos do Brasil e do Reino Unido. O estudo utilizou abordagens e técnicas interpretativas pluralistas, divididas em quatro fases que se complementam na obtenção de objetivos específicos, para compor uma pesquisa-ação, por se tratar da resolução de uma questão coletiva - a cidadania das pessoas com deficiência intelectual e autismo -, para o desenvolvimento de consciência que promova mudanças culturais e políticas - as relações públicas ativistas-, de modo que se alcance a resolução de problemas, a tomada de consciência e a produção de conhecimento. Ativismo e relações públicas tornam-se justapostos, na busca pela igualdade de oportunidades e os contextos políticos, sociais e culturais não podem ser desconsiderados, para que as relações públicas atuem como agentes de transformação. Em uma sociedade marcada por estigmas identitários históricos, as relações públicas ativistas necessitam ir muito além do engajamento dos atores sociais, e elaborar um percurso de reconstrução identitária profunda, que caminhe pela análise de suas origens e seus preconceitos, instigue o autoconhecimento e o conhecimento, por meio de uma educação libertadora, fortaleça seu empoderamento, para, então, mobilizar a opinião pública para seu engajamento.