A (in)visibilidade do corpo queer: identidades trans e as questões de gênero que emergem na escola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Mendonça, Michelle Mariano
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48137/tde-20052024-135918/
Resumo: Buscando investigar as relações de gênero, interações sociais e discursos em espaços educacionais e refletir sobre o impacto do corpo abjeto no currículo, foram analisadas, através da experiência de convivência diária e com entrevistas semiestruturadas na modalidade de pesquisa qualitativa, a presença de uma professora trans e um professor trans, ambes regentes na sala de leitura, atuantes no Ensino Fundamental I e no Ensino Fundamental II em duas escolas públicas. Pretendeu-se observar as relações de poder, construções discursivas e práticas pedagógicas existentes no espaço educacional, a partir da hipótese de que corpos trans ocupando espaços de relações sociais, produzindo diferentes formas de discursos sobre identidade de gênero, possibilitam o debate reflexivo e a desconstrução das normativas de gênero. Os procedimentos de pesquisa se apoiam na metodologia queer, que busca, diante da Teoria Queer, possibilitar a contestação, a prática de investigação que privilegia as transformações na construção coletiva do conhecimento e as maneiras de narrar os currículos, debatendo de forma crítica a perspectiva binária de gênero e da sexualidade. As análises permitiram constatar as diversas interfaces homofóbicas, transfóbicas, sexistas e normativas que permeiam as estruturas da escola. E, ao longo das observações diante da prática pedagógica e intervenções no currículo, é possível pensar como a força da não violência e as manifestações de visibilidade do corpo abjeto passam a deslocar as concepções binárias, permitindo a quebra de performance e a produção de novas narrativas e novos sentidos.