Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Lucas Amaral |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59131/tde-11112024-163204/
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Resumo: |
Os insetos eussociais (vespas, abelhas, formigas e cupins) vivem em colônias nas quais seus membros interagem em uma grande variedade de contextos e coordenam atividades para sua sobrevivência e reprodução. Essa organização depende em grande medida da comunicação química através de feromônios. O reconhecimento de companheiros de ninho - a habilidade de discriminar entre indivíduos da mesma colônia (companheiro) e aqueles de outras colônias (não-companheiro) - é um comportamento chave para manter a coesão colonial e é mediado por feromônios de curto alcance presentes na cutícula dos insetos, conhecidos como hidrocarbonetos cuticulares (HCs). Esses compostos servem primariamente como uma barreira contra a perda de água, mas também desempenham um papel na comunicação intracolonial, codificando uma grande variedade de informações em perfis químicos específicos para cada espécie. A diversidade dos arranjos de HCs e sua trajetória evolutiva tem sido investigada em várias espécies de insetos sociais, particularmente de abelhas e formigas. No entanto, nas vespas enxameadoras neotropicais da tribo Epiponini, que tipicamente formam grandes colônias e exibem características sociais complexas, a diversidade de perfis de HCs é pouco conhecida. Assim, nosso objetivo foi caracterizar a diversidade química dos perfis de HCs nos epiponíneos. Para tal, amostramos entre 20 fêmeas adultas de 40 spp. distribuídas em 16 gêneros (Agelaia, Angiopolybia, Apoica, Brachygastra, Chartergellus, Charterginus, Chartergus, Clypearia, Leipomeles, Metapolybia, Parachartergus, Polybia, Protonectarina, Protopolybia, Pseudopolybia e Synoeca) e determinamos os perfis cuticulares de cada espécie a partir de um pool dos HCs individuais extraídos em hexano para análise por CG-EM. Também calculamos um índice de diversidade química (DQ, baseado no índice de Shannon-Wiener) e um índice de \"diversidade verdadeira\" (DV) para cada espécie. Ao todo, encontramos 96 picos distintos representando um ou mais compostos, predominantemente n-alcanos, alcenos e alcanos metilados de cadeia carbônica ímpar. Charterginus xanthura e Apoica pallens apresentaram os perfis cuticulares mais diversos (DV=17) enquanto Polybia bistriata e Po. occidentalis apresentaram os perfis cuticulares menos diversos (DV=2). Nossos resultados fornecem evidências para sugerirmos que cada espécie de Epiponini produz um conjunto diferente de HCs e assim, podem ser identificadas a partir desses perfis únicos. Além disso, sugerem uma tendência para uma perda de quimiodiversidade a partir de táxons mais basais para os mais apicais na filogenia da tribo. |