Índice Glicêmico e Carga Glicêmica de refeição típica brasileira: avaliação em indivíduos saudáveis e diabéticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Pupin, Mariana Pietrobom
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17162/tde-17122019-145303/
Resumo: Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica caracterizada por um aumento na glicemia. As terapias nutricionais utilizam o Índice Glicêmico (IG) e a Carga Glicêmica (CG) como ferramentas complementares ao tratamento do DM. O IG avalia a qualidade dos carboidratos e a CG faz uma correção do IG pela quantidade de carboidratos dos alimentos e bebidas de acordo com seus efeitos na glicemia pós-prandial. Porém, as tabelas de IG fornecem apenas informações sobre alimentos isolados, sendo escassos os dados referentes a alimentos compostos em uma refeição. Além disso, grande parte dos estudos apresentam dados testados apenas em indivíduos saudáveis. OBJETIVO: O objetivo do estudo foi determinar o IG e a CG de refeição típica brasileira em pacientes diabéticos tipo 2 e comparar com não-diabéticos. CASUÍSTICAS E MÉTODOS: Trata-se de estudo transversal com avaliação de 31 voluntários, alocados em dois grupos: Diabéticos (GD), n=15 e Controle (GC), n=16 com médias de idade 47,9 (8,6) e 47,5 (6,8) anos, respectivamente. Foram avaliadas as respostas glicêmicas a partir do consumo de 50g do alimento referência (glicose) e de uma refeição teste típica (alimento teste) do brasileiro contendo 50g de carboidratos disponíveis. Para a glicemia foram coletadas amostras sanguíneas seriadas por 2h após a ingestão. O IG da refeição foi calculado a partir da medida da Área sob a Curva (AUC) em resposta à ingestão da refeição teste e do alimento referência (glicose). As CG foram calculadas a partir do IG. Testes estatísticos foram empregados para avaliar as diferenças entre os grupos e as correlações entre as variáveis de interesse, sendo p<0,05 considerado estatisticamente significativo. RESULTADOS: A análise indicou que a refeição típica brasileira apresenta baixo IG e CG quando determinados em indivíduos saudáveis (34,3±21,2; 17,1±10,6 respectivamente) e diabéticos (46,7±10,4; 23,4±5,2 respectivamente). Além disso, as respostas glicêmicas e AUC do GD foram significativamente maiores do que as do GC em todos os tempos do alimento referência e da refeição teste. CONCLUSÃO: Este foi o primeiro estudo que determinou o IG de uma refeição típica brasileira em diabéticos e saudáveis. A refeição típica brasileira testada em indivíduos saudáveis e diabéticos tem baixo Índice Glicêmico e Carga Glicêmica em ambos grupos. A refeição completa promove menores picos de glicemia quando comparado com alimentos ricos em carboidratos, como a glicose.