Perfil molecular do carcinoma de células claras de ovário e sua correlação clínica na experiência de quatro instituições

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Batista, Mariana de Paiva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17154/tde-07022022-172446/
Resumo: O carcinoma de células claras de ovário (CCCO) representa uma neoplasia rara, agressiva e quimiorresistente. Diferentes incidências geográficas e étnicas do CCCO já foram descritas, com destaque para a alta incidência em países asiáticos. Devido a raridade, há uma escassez de informações sobre CCCO na América Latina (A.L.) e em outros países. Neste estudo descrevemos duas coortes de 33 pacientes diagnosticadas com CCCO na A.L. (24 do Brasil e 9 da Costa Rica) e uma coorte de 27 pacientes da Espanha. Uma maior frequência de expressão aberrante de TP53 foi observada na coorte brasileira e a mediana do tempo de Sobrevida Global (S.G.) não foi significativamente diferente entre as coortes. Em sequência, as pacientes foram classificadas em três subgrupos genômicos distintos conforme previamente descrito por Tan et al. (TAN et al., 2011): Simplex-like (Sxl)(n=12), Firestorm-like (FSl) (n=2) e Sawtooth-like (STl)(n=12). Nenhum padrão genômico foi associado ao desfecho clínico. Por fim, a análise genômica foi expandida utilizando-se a Plataforma OncoScan. Pacientes apresentando MYC-amplificado de forma concomitante a perda da região cromossômica de 13q12-q13, a qual inclui o gene BRCA2 (subgrupo MB), representaram as pacientes que sobreviveram a um período mais longo em comparação às pacientes que não possuíam tais alterações. Por outro lado, as pacientes não-MB e portadoras de um elevado número (>30) de alterações no número de cópias (ANC) apresentam a pior sobrevida (subgrupo PS). Além disso, a amplificação do gene ASH1L foi associado a uma SG mais curta. Não foram observadas diferenças significativas nas frequências dos perfis genômicos ou dos subgrupos MB e PS entre as coortes da América Latina e Espanha. Os CCCOs em estádio inicial que sofreram progressão de doença de forma rápida foram caracterizados por ganhos nos genes MAPK8 e MKL1.