Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Glauber Bareia Liberato da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23154/tde-28112019-124327/
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Resumo: |
Na classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de 2017 foram relatados 11 tipos de neoplasias benignas e 20 tipos de neoplasias malignas das glândulas salivares. Dentre estes últimos está o carcinoma de células claras de glândula salivar, uma neoplasia rara que corresponde a menos de 1% dos carcinomas de glândulas salivares. Tem no seu aspecto histológico semelhança com outras neoplasias que também apresentam células claras, tendo a imuno-histoquímica e os testes moleculares importante papel para seu diagnóstico. O objetivo do presente trabalho foi avaliar os aspectos histopatológicos, imuno-histoquímicos e biomoleculares, correlacionando com aspectos clínicos, dos casos carcinomas de células claras de glândula salivar, diagnosticados no serviço de Patologia Oral e Maxilofacial da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP) diagnosticados no período entre 1997 e 2018. Em todos os casos foram avaliados os cortes histológicos, reações de imuno-histoquímica para citoqueratinas 7 e 14 (CK7 e CK14), proteína p63, proteína S-100 e actina de musculo liso (SMA), além de teste molecular da reação em cadeia da polimerase (PCR) em tempo real para pesquisa da expressão do gene de fusão EWSR1-ATF1. No levantamento dos casos do serviço de Patologia Oral e Maxilofacial da Faculdade de odontologia da USP no período de 1997 até 2018 observamos 11 lesões com as características histológicas e imuno-histoquímicas para se caracterizar como carcinoma de células claras de glândulas salivares, sendo 81,81% em mulheres, 77,77% de cor da pele branca, média de idade 56,42 anos e as regiões mais acometidas foram o palato e a mucosa jugal com 36,36% dos casos cada. Histologicamente nove casos apresentavam hialinização; e invasão neural e necrose estavam presentes em 6 e 2 dos casos respectivamente. Todos os casos foram positivos para ácido periódico-Schiff (PAS), e na imuno-histoquímica CK7 e CK14 estavam presentes em todos os casos, assim como p63. Já S-100 e SMA foram negativos em todos. No teste molecular de PCR apenas duas lesões mostraram o gene de fusão EWSR1-ATF1. Concluímos que o carcinoma de células claras é mais prevalente em mulheres com idade entre 50 e 60 anos, com predileção pelo palato. A histologia associada à imuno-histoquímica muitas vezes é suficiente para se fechar esse diagnóstico, por se tratar de uma lesão com um só tipo celular. A hialinização nem sempre está presente na lesão e a invasão neural é muito comum. Os testes moleculares devem ser utilizados como auxilio no diagnóstico, e o resultado da reação em cadeia da polimerase (PCR) para o gene EWSR1-ATF1 é fiel apenas em lesões recentes. |