Ictiofauna em poças de maré arenosas e rochosas e seus fatores estruturadores em uma planície de maré subtropical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Nunes, Marina Rito Brenha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21134/tde-06092016-105406/
Resumo: Poças de maré são depressões ou cavidades do substrato do entre-marés, formadas tanto em costões rochosos quanto em planícies de maré durante maré baixa. Estudos comparando a ictiofauna de poças arenosas de planícies de maré e de poças rochosas são inexistentes, sendo o presente estudo o primeiro a ser desenvolvido neste âmbito, a fim de colocar em pauta a relevância de poças arenosas para a ecologia e conservação de áreas costeiras. Nossos objetivos neste estudo foram (I) realizar o levantamento das espécies de peixes presentes em poças de maré arenosas e rochosas em uma enseada subtropical, a Baía do Araçá (São Paulo/Brasil); (II) comparar a composição e abundância da ictiofauna entre poças arenosas e rochosas; e (III) identificar quais e como os fatores ambientais estão relacionados à composição e abundância da ictiofauna dessas poças. A estrutura da ictiofauna (composição e abundância de espécies) e fatores ambientais (área, profundidade, salinidade, temperatura, oxigênio dissolvido, porcentagem de cobertura algal e distância das poças até o canal) foram analisados a partir de quatro campanhas realizadas durante 2014. Nas poças arenosas, a ictiofauna foi amostrada utilizando redes de mão, solução de eugenol e picaré seguindo um protocolo de amostragem especialmente desenvolvido para essa categoria de poça; nas poças rochosas, utilizamos eugenol e redes de mão. Verificamos que as poças arenosas foram maiores, mais rasas e mais distantes do canal, sendo estes os fatores ambientais que mais distinguem os dois tipos de poça. A composição e abundância de espécies diferiram entre os tipos de poça e ao longo do ano, sendo em arenosas Gerreidae e Gobiidae as principais famílias e em rochosas Gobiidae e Blenniidae. Os fatores ambientais que estruturaram a ictiofauna em cada tipo de poça foram: nas arenosas, a área, profundidade, cobertura algal e distância até o canal; e nas rochosas, temperatura, oxigênio dissolvido e distância do canal. Além do enfoque que vem sendo dado à ictiofauna de poças rochosas, enfatizamos a importância de estudar aquela de poças arenosas por sua elevada riqueza e abundância em espécies, incluindo larvas de diversas famílias.