Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Ana Paula Valentim |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-05022008-150015/
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Resumo: |
Amostragens ecológicas freqüentemente requerem técnicas não destrutivas que produzem dados quantitativos da estrutura da comunidade. Muitas das dificuldades de amostragem no infralitoral estão fortemente relacionadas com limitações da técnica de mergulho, principalmente pela pequena duração do tempo de submersão. Um caminho para solucionar esse problema é desenvolver uma técnica para aumentar o número de informações obtidas durante a descida. Neste contexto, o método do levantamento fisionômico, tendo como unidade de paisagem o povoamentos foi aplicado em um trecho de 750 m, no infralitoral, a profundidade que varia até 6,5 metros, no costão oeste da Enseada das Palmas, Ilha Anchieta. Objetivou-se neste trabalho realizar as quatro abordagens deste método, que são: descrever os povoamentos e suas espécies dominantes, determinar a repartição espacial geo-referenciada dos povoamentos e ESP, determinar quantitativamente a estrutura da comunidade bentônica e avaliar qualitativamente a composição específica de cada povoamento. A área de estudo foi dividida em quadro setores e três profundidades. Na primeira abordagem foram identificados todos os povoamentos discriminados visualmente e confeccionada uma ficha para cada um. Na segunda abordagem foi utilizado um GPS para determinação do geo-posicionamento. As posições verticais foram obtidas através do uso de profundímetro. Baseado nos dados de geo-referenciamento calculou-se os dados de freqüência relativa de cada povoamento na área total, nos setores e nas profundidades. Sessenta e nove povoamentos e oito ESP foram identificados e descritos sendo 52% formados por fitobentos, a maior ocorrência de Rhodophyta, e 42% de zoobentos, a maior ocorrência de Cnidaria. A categoria Colônia foi a mais representada e a maioria dos povoamentos ocorreu de forma pontual. No verão o Tapete de Ectocarpales com Amphiroa e Jania apresentou maior freqüência (17,6%) e, no inverno, Tapete de Bacillariophyceae com Amphiroa e Jania (20,0%) para toda a área. A colônia de Palythoa foi o povoamento zoobentônico que se destacou no verão e no inverno. Houve mais de 73% de similaridade entre alguns setores e profundidades nas duas amostragens. Na terceira abordagem buscou-se caracterizar quantitativamente a estrutura da comunidade bentônica através do recobrimento percentual de fotoquadrados de 35,00 x 26,25 cm. Foram realizadas análises de repartição espacial nos modos Q e R e avaliação de heterogeneidade dos agrupamentos formados. Foram obtidos 229 elementos amostrais no verão e 232 no inverno, os quais evidenciaram 47 povoamentos e 4 ESP. Os povoamentos fitobentônicos foram mais representativos na área (55,0%). Os dados de recobrimento permitiram observar oito povoamentos distribuídos ao longo do costão no período do verão e apenas dois no período do inverno. Na quarta abordagem elaborou-se uma listagem de táxons de fito e zoobentos sésseis e semi-sésseis encontrado na área nas duas amostragens e analisou-se a possível perda de informação ao nível específico por povoamento. Foram encontrados 131 táxons, sendo 93 fitobentos e 38 zoobentos. O número de táxons foi maior no inverno (117) do que no verão (111). O povoamento com maior número de táxons no verão foi Tapete de Ectocarpales com Amphiroa e Jania com 31 e no inverno Tapete de Wrangelia com Amphiroa e Jania com 39. Os resultados revelam que os povoamentos são formados por poucos táxons dominantes. |