Impacto dos choques de renda sobre a alocação de tempo da criança/adolescente entre escola e mercado de trabalho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Paula Júnior, Ivan Donizetti de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
EAP
PEA
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96131/tde-18082014-141146/
Resumo: Existe uma vasta literatura evidenciando os determinantes que repercutem negativamente na acumulação de capital humano do menor de idade. O trabalho infantil seria uma dessas causas. Outros trabalhos mostram que um choque de renda sofrido pelas famílias pode estar por trás da oferta de trabalho de outros membros da família (esposa e filhos). Tal efeito é conhecido na literatura como efeito trabalhador adicional e pode estar relacionado, pelo menos no Brasil, à restrição de liquidez das famílias. O objetivo deste trabalho é averiguar o impacto de um choque de renda representado pela perda de emprego do chefe da família sobre a alocação do tempo dos filhos em idade escolar entre escola e mercado de trabalho. Para realizarmos este trabalho usamos dados da Pesquisa Mensal do Emprego, do IBGE, entre 2003 e 2012. De acordo com os resultados obtidos, o tratamento, ou melhor, o choque de renda representado perda de emprego do chefe da família não possui impacto significativo sobre a escolha das famílias de manter o filho apenas na escola ou de enviar o filho para o mercado de trabalho. Entretanto, nos casos em que o efeito do tratamento é persistente percebemos um impacto sensivelmente maior, apesar de ainda não ser estatisticamente diferente de zero. Na última subseção reproduzimos nosso modelo com dados da PME antiga com o intuito de checar a interferência da diferença de metodologia entre a PME antiga e a nova nos resultados. Notamos que com nosso desenho de modelo não encontramos os mesmos resultados de Duryea et al. (2007).