Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Brunharo, Caio Augusto de Castro Grossi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-11082014-172048/
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Resumo: |
Recentemente, tem sido constatadas falhas no controle da planta daninha capim-branco (Chloris polydactyla) pelo herbicida glyphosate em áreas de culturas anuais e perenes no Brasil. Suspeita-se que estas falhas sejam decorrentes da seleção de populações resistentes desta planta daninha ao glyphosate. No entanto, até o momento, poucos relatos estão disponíveis na literatura caracterizando estas falhas. Esta pesquisa teve como objetivo a caracterização dos níveis de suscetibilidade de populações que apresentaram falha de controle, assim como estudar seus mecanismos de resistência. Também foi objetivo do trabalho analisar comparativamente o crescimento das populações suscetíveis e as supostamente resistentes ao glyphosate e avaliar a eficácia de herbicidas considerados alternativos ao glyphosate. Na primeira etapa, foram estudadas 87 populações do capim-branco vinda de diferentes regiões do Brasil, das quais duas sobreviveram ao experimento designado \"screening\". Esses dois biótipos, 59 e 69, juntamente com outras 15 populações suscetíveis, foram submetidos a experimentos de dose-resposta para a caracterização de suas suscetibilidades e determinação da dose eficiente de controle, da qual foi calculada em 705,41 g e.a. ha-1 de glyphosate. Em seguida, os biótipos supostamente resistentes foram comparados a um biótipo suscetível (34) para o cálculo do fator de resistência, que variou entre 3,92 e 7,95, confirmando a resistência dos biótipos. Não foi possível inferir claramente que existem diferenças de crescimento entre os biótipos resistente e suscetível que implicaria em custo adaptativo do biótipo resistente. No entanto, fica evidente que nas fases iniciais de crescimento, o biótipo 34S foi ou superior ou estatisticamente igual ao biótipo 69R. Não foi possível estabelecer uma relação entre diferenças de suscetibilidade entre os biótipos, portanto, a resistência do biótipo 69R ao glyphosate não alterou sua suscetibilidade aos herbicidas alternativos ao glyphosate aqui estudados. Na pós-emergência, clethodim e fenoxaprop-P-ethyl foram eficientes para controlar os biótipos 34S e 69R, enquanto que em pré-emergência, todos os herbicidas testados foram eficientes. O biótipo 69R absorveu menor quantidade de 14glyphosate em relação ao biótipo 34S em todos os tratamentos, do qual foi estatisticamente inferior àqueles contendo 14glyphosate + surfactante não-iônico (0,25%), 14glyphosate + sulfato de amônio (3kg ha-1) e 14glyphosate isolado. O tratamento que proporcionou maior absorção para ambos os biótipos foi o 14glyphosate + surfactante não-iônico. O biótipo 69R teve absorção máxima (Amax) 17% inferior ao biótipo 34S e maior retenção de 14glyphosate na folha tratada. O acúmulo de ácido chiquímico no biótipo 34S foi 2,56 vezes maior que no biótipo 69R. Mutações no gene que codificam a EPSPs dos biótipos 34S e 69R não foram observadas. Por fim, baseando-se nos dados aqui obtidos, é possível afirmar que a absorção reduzida, bem como a maior retenção do 14glyphosate nas folhas do biótipo 69R, possuem papel importante na resistência desse biótipo ao glyphosate. |