Detecção da expressão dos genes associados à resistência múltipla à droga, OCT1 e MDR1 e do gene BCL2 em linfoma difuso de grandes células B\"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Gouveia, Gisele Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5167/tde-10052017-163701/
Resumo: O linfoma difuso de grandes células B (LDGCB) é o subtipo de linfoma mais comum em países em desenvolvimento. Entretanto, apesar de sua prevalência e importância, ainda existem poucas publicações com dados epidemiológicos para a população brasileira. Conhecer os fatores de prognóstico é imperativo para identificar os pacientes que responderão melhor ao tratamento, além de permitir sua individualização terapêutica. Alguns estudos demonstraram que pacientes com o mesmo Índice Internacional de Prognóstico (IPI) podem apresentar diferentes sobrevidas, justificando a necessidade de identificar novos marcadores biológicos de prognóstico. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto prognóstico da expressão dos genes BCL2, MDR1 e OCT1, de suas respectivas proteínas e da translocação t(14;18), nos desfechos de resposta completa (RC), sobrevida global (SG), sobrevida livre de doença (SLD) e sobrevida livre de progressão (SLP) em pacientes com LDGCB. Foram avaliados de forma retrospectiva 98 pacientes com LDGCB de novo tratados com R-CHOP. A expressão gênica foi avaliada por PCR em Tempo Real com RNA extraído de amostras parafinadas. A expressão proteica foi avaliada pelo método de imuno-histoquímica. A mediana de idade foi de 54,5 anos e 49 pacientes (50%) eram do sexo masculino. Sessenta e quatro pacientes (85,3%) obtiveram RC, com uma mediana de acompanhamento de 2,66 anos. A expressão mediana de BCL2, MDR1 e OCT1 foi 6,27; 0 e 24,49, respectivamente. Não encontramos impacto prognóstico da expressão do gene BCL2 na RC (p=0,277), SG (p=0,068) e SLD (p=0,860). Porém, a expressão de BCL2 >= à mediana associou-se à menor SLP (p=0,040). Encontramos associação entre expressão do gene OCT1 >= à mediana e pior prognóstico para SG (p=0,010) e SLP (p=0,016). Porém, não observamos impacto prognóstico da expressão de OCT1 para RC (p=0,464) e SLD (p=0,717). Não houve associação entre expressão do gene MDR1 e das proteínas BCL-2, Pg-p e OCT-1 com o prognóstico dos pacientes em relação à RC, SG, SLD e SLP. O número de sítios extralinfonodais (p=0,004 e p=0,005), estádio clínico (p < 0,001 para ambas), IPI (p < 0,001 para ambas) e nível de DHL (p=0,010 e p=0,008) apresentaram impacto prognóstico na SG e SLP, respectivamente. Quando os pacientes foram estratificados pelo estádio, IPI e idade, o grupo com expressão de OCT1 >= à mediana e IPI intermediário-alto ou alto risco apresentou pior SG (p=0,048) e o grupo com idade >= 60 anos e expressão de OCT1 >= à mediana apresentou pior prognóstico para SG e SLP (p=0,025 para ambas). Em conclusão, a expressão de MDR1 não apresentou impacto no prognóstico de portadores de LDGCB, porém, a expressão do gene BCL2 >= à mediana foi associada a menor SLP. Além disso, a hiperexpressão de OCT1 apresentou valor preditivo de prognóstico para a SG e SLP em pacientes com LDGCB tratados com R-CHOP