Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Russo, Jéssica Aparecida de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-10112023-161636/
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Resumo: |
Introdução: A COVID-19 é uma doença contagiosa que em pouco tempo se tornou uma pandemia mundial. O cenário atual trouxe grandes impactos à assistência à saúde no geral, causando danos inclusive para pacientes que sofrem com dores crônicas, uma vez que atendimentos não emergenciais precisaram ser encerrados. A dor pélvica crônica (DPC) pode ser definida como uma dor recorrente ou contínua na região inferior do abdome ou pelve, não menstrual ou não cíclica com duração de pelo menos seis meses, suficientemente severa para interferir nas atividades de vida diária da mulher. A relação entre DPC e disfunções sexuais tem sido estudada, mostrando que a taxa de incidência destas disfunções são maiores em mulheres com DPC do que em mulheres saudáveis, podendo chegar até a 67%. Com a diminuição das relações interpessoais devido ao isolamento social, é possível que os níveis de estresse e ansiedade aumentem, podendo influenciar no quadro clínico destas mulheres. Objetivo: Investigar os efeitos da pandemia da COVID-19 na função sexual de mulheres com dor pélvica crônica. Métodos: Estudo observacional tipo coorte retrospectiva, realizado com mulheres diagnósticadas com dor pélvica crônica que responderam, previamente à pandemia, aos questionários: Índice de Função Sexual Feminina e Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão. Resultados: Foram incluídas 22 participantes, com idade média de 40 anos, sendo a maioria mulheres casadas (72,73%). Na entrevista, 13 (59,09%) participantes responderam não observar mudanças em suas vidas sexuais, decorrentes do período pandêmico e possuir o mesmo grau de satisfação sexual atualmente, quando comparado ao período pré-pandemia. No questionário IFSF, somente o dominio \"lubrificação\" apresentou diferença significativa, demonstrando uma diminuição durante o período pandêmico. Não foram observadas mudanças nos niveis de ansiedade e depressão pré e pós pandemia. Conclusão: Nossos achados a respeito da função sexual, baseados na pontuação do questionário IFSF, percepção e relatos das pacientes sobre a ausência de mudanças na satisfação sexual, nos leva a crer que a pandemia não gerou efeitos negativos ou positivos na função sexual de mulheres com dor pélvica crônica. |