Avaliação do efeito cardioprotetor do fentanil em suínos submetidos a altas doses de epinefrina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Luz, Vinicius Fernando da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5152/tde-07032017-164240/
Resumo: INTRODUÇÃO E HIPÓTESE: A epinefrina é um potente vasoconstritor com efeitos inotrópico e arritmogênico, é utilizada em protocolos de reanimação cardiopulmonar e como fármaco de primeira escolha em alguns casos de choque. Contudo, o seu uso pode ser seguido por lesões do miocárdio e disfunção cardíaca. Modelos experimentais têm mostrado efeitos cardioprotetores do fentanil por meio de mecanismos antiarrítmicos e anti-isquêmicos. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito cardioprotetor do fentanil em suínos expostos a altas doses de epinefrina. MÉTODOS: Após aprovação do comitê de ética institucional, 26 porcos Large White e Landrace foram alocados aleatoriamente em três grupos: grupo fentanil (n = 10), no qual os porcos receberam 20 ug/kg de fentanil 5 minutos antes de 5 doses de 20 ug/kg de epinefrina, as quais foram intercaladas por intervalos de 5 minutos entre cada dose; grupo salina (n = 10), no qual os porcos receberam solução salina volume-equivalente ao fentanil 5 minutos antes das 5 doses de epinefrina e grupo Sham (n = 6), que não recebeu fentanil ou epinefrina. Foram coletadas variáveis hemodinâmicas, ecocardiográficas, gasométricas e marcadores cardíacos durante as 6 horas de experimento. Ao final do estudo, o coração e os pulmões dos porcos foram removidos para análise por microscopia óptica, microscopia eletrônica e imuno-histoquímica (caspase-3). Os dados foram analisados usando equações de estimação generalizadas (GEE) e a significância estatística foi estabelecida em p < 0,05. RESULTADOS: Os níveis de troponina-I entre os grupos foram inicialmente equivalentes. Ao final do experimento, foi observado menor nível de troponina-I no grupo fentanil, em comparação com o grupo salina (1,91 ± 1,47 versus 5,44 ± 5,35 ng.ml-1, p = 0,019). Adicionalmente, a microscopia eletrônica e a imunohistoquímica demonstraram menor lesão miocárdica no grupo fentanil. Não houve diferença significativa entre o grupo fentanil e o salina para as variáveis hemodinâmicas, ecocardiográficas e gasométricas. CONCLUSÃO: O fentanil promove cardioproteção aos efeitos de altas doses de epinefrina sem prejudicar o efeito hemodinâmico da mesma