Republicana, moderna e cosmopolita: a música de concerto no Rio de Janeiro entre 1889 e 1914

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Larsen, Juliane Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27157/tde-17092018-171706/
Resumo: A presente tese analisa a emergência da modernidade musical brasileira entre os anos 1889 e 1914. Analisa os discursos que a historiografia panorâmica tradicional brasileira construiu sobre a música de concerto daquele período, e analisa os discursos produzidos na própria época. Verifica que as iniciativas de atualização técnica e estilística da música de concerto respondiam a uma política oficial de modernização das artes, que tinha a Europa como modelo de civilização. Verifica também que a cultura das elites republicanas utilizava a prática da música de concerto como um mecanismo de distinção social. Conclui que as interações entre as concepções elitistas sobre música, as teorias raciais, o evolucionismo, e o cosmopolitismo legitimavam práticas culturais excludentes, reafirmando hierarquias sociais. Tais interações resultaram no aprofundamento do abismo entre a música de concerto e o público, na afirmação de hierarquias entre gêneros musicais, na valorização da noção de autonomia da obra musical e na manutenção dos vínculos com a música europeia, impedindo o surgimento de movimentos de vanguarda musical contra hegemônicos no Brasil no início do século XX.