Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Moreira, Gabriel Ferrão |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27157/tde-20052014-124330/
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Resumo: |
Como um dos compositores mais profícuos do século XX no contexto mundial, Heitor Villa-Lobos (1887-1959) produziu uma coletânea de obras que primam pela variedade de linguagens e uso de um ecletismo que tornou-se a regra em sua obra. Entretanto, mesmo em meio a tanta pluralidade, podemos notar uma macrodivisão em sua obra que separa as obras baseadas em padrões tonais clássico-românticos em diálogo com suas apropriações da música popular urbana daquelas de experimentação e caráter modernista. Dentro do primeiro grupo temos como epítome a série Bachianas Brasileiras; do segundo, a série Choros que marcou a entrada de Villa-Lobos no cenário de compositores célebres internacionalmente. Historicamente, a obra villalobiana de cunho modernista foi taxada por muitos músicos e biógrafos como irracional, caótica, selvagem, não sendo enfrentada, até recentemente, pelas ferramentas de análise de música pós-tonal utilizadas pelos teóricos para lidar com a música de seus contemporâneos. A falta da análise atuando em conjunto com os juízos de valor supracitados impediu a geração de uma tradição crítica a respeito da música de Villa-Lobos nas primeiras décadas após sua morte. Recentemente, trabalhos analíticos sobre o \'Villa-Lobos Modernista\' tem sido escritos no Brasil e em outras partes do mundo. Contudo, a grande maioria desses escritos que se baseiam em ferramentas tradicionais (teoria dos conjuntos, estudo de simetrias, análise textural) tem trazido uma visão pouco elucidativa a respeito dos processos de composição, da historicidade da música villalobiana, e de procedimentos gerais para a obtenção da sonoridade modernista pelo compositor em um número significativo de obras. Tais resultados testemunham a própria insuficiência de recursos analíticos rígidos aplicados à dinâmica particular da obra de Villa-Lobos. Nesse contexto, o presente trabalho propõe aprofundar o entendimento da escrita modernista de Villa-Lobos tendo como chave heurística os conceitos de Interação e Bricolagem - o último no sentido antropológico - na manipulação das escolhas harmônicas, na procura por um gesto composicional comum nas peças analisadas. Para tal, diversos métodos analíticos foram combinados, numa espécie de metanálise que procura abarcar às principais percepções da análise. Dentro da série Choros foram escolhidos os Choros nº2,3,5,10 e a primeira parte do Choros Bis, pela clareza com que os tópicos fundamentais dessa tese são apresentados nessas representações analíticas. Outras obras foram analisadas transversalmente e servirão para a generalização de alguns procedimentos encontrados nas análises das principais obras. |