Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Prota, Cristina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5153/tde-20122010-113723/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Disfunção erétil (DE) e incontinência urinária são complicações comuns em pacientes submetidos à prostatectomia radical (PR). Sabe-se que a reabilitação do assoalho pélvico com biofeedback pode antecipar o retorno da continência urinária; porém, os efeitos sobre a função erétil não são conhecidos. Neste trabalho estudou-se o efeito da reabilitação precoce do assoalho pélvico com biofeedback sobre a função erétil, após 12 meses da PR. MÉTODOS: Realizou-se um estudo prospectivo, controlado e randomizado. Foram convidados a participar do estudo 56 pacientes sem disfunção erétil que escolheram a PR para tratamento do câncer de próstata localizado, e que poderiam cumprir a agenda de seguimento ambulatorial. A função erétil foi avaliada pelo índice internacional de função erétil (IIEF5). Foram considerados potentes os pacientes com escore IIEF 5 >= 20. Os pacientes foram randomizados para um grupo de tratamento (n=26), recebendo reabilitação do assoalho pélvico com biofeedback uma vez por semana e orientação para exercícios domiciliares ou para um grupo controle (n=26), no qual os pacientes receberam as instruções habituais do urologista. Durante o estudo, nenhum paciente recebeu tratamento com medicamentos para DE. Foram considerados continentes os pacientes que usavam no máximo um absorvente por dia. A associação entre recuperação da continência e recuperação da potência foi avaliada. RESULTADOS: Nove pacientes do grupo de tratamento e dez do grupo controle foram precocemente excluídos do estudo, antes da avaliação inicial do primeiro mês. As causas de exclusão foram: por abandono do programa (8 pacientes), complicações pós-operatórias (9), necessidade de radioterapia adjuvante (2). Não houve diferença entre os grupos em relação à idade, índice de massa corpórea, presença de diabetes, bem como quanto à função erétil pré-operatória. Nos dois grupos observou-se significativa redução da função erétil. Após 12 meses da cirurgia 8 (47,1%) pacientes do grupo de tratamento recuperaram ereção, contra 2 (12,5%) pacientes no grupo controle (p=0,032). A redução do risco absoluto foi de 34,6% (3.8-64%)IC95%. O número necessário para tratar foi de 3 (1.5-17.2; IC95%). Foi observada forte associação entre recuperação da potência e da continência, de tal forma que a probabilidade de estar potente nos pacientes continentes foi 2,6 vezes maior do que nos pacientes incontinentes (p=0,017; [1,45-4,69] IC 95%). CONCLUSÃO: A reabilitação precoce do assoalho pélvico com biofeedback parece ajudar na recuperação da função erétil após a PR. A continência urinária foi um bom indicador da recuperação da função erétil, conferindo uma chance maior de sua recuperação. |