Avaliação da autorreparação e proteção contra corrosão de aço carbono por revestimento epóxi com plasticidade reversa aditivado com microesferas de policaprolactona.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Melges, Fernando Cozim
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3137/tde-21092022-105405/
Resumo: O uso de revestimentos orgânicos é o método mais utilizado para a proteção de metais contra a corrosão, porém, esse método falha em prover a proteção necessária quando o revestimento é danificado. Essa falha inerente do uso de revestimentos é o motivo fundamental do estudo e desenvolvimento de revestimentos autorreparadores, que são uma ótima alternativa para lidar com essa adversidade. O objetivo do presente trabalho foi elaborar e estudar um revestimento epóxi com plasticidade reversa aditivado com microesferas de policaprolactona, capaz de reparar defeitos no filme mediante um aumento na temperatura, que promoverá a plasticidade reversa do revestimento e a mobilidade das microesferas de policaprolactona, que preenchem a região do defeito. Primeiramente, o método para a obtenção das microesferas de policaprolactona foi aperfeiçoado e as microesferas foram caracterizadas por microscopia eletrônica de varredura (MEV), difração a laser, espectroscopia na região do infravermelho com transformada de Fourier (FTIR) e microscopia confocal associada à espectroscopia Raman para a determinação de sua morfologia e diâmetro médio e sua caracterização química. Depois foram estudadas diferentes formas de dispersão das microesferas no revestimento e foram realizados experimentos por calorimetria de varredura diferencial (DSC) e FTIR para se investigar a cura do revestimento preparado. Em seguida, estudou-se, por meio de MEV, microscopia confocal associada à espectroscopia Raman, espectroscopia de impedância eletroquímica (EIS) e técnica de varredura com eletrodo vibratório (SVET), a reparação promovida pela plasticidade reversa e pela fusão das microesferas de policaprolactona, individualmente e em conjunto. Por fim, testes em câmara de névoa salina, ensaios de ciclo térmico e ensaios de aderência foram realizados. O revestimento preparado foi capaz de reduzir a extensão de um defeito realizado mediante tratamento térmico, pelo mecanismo de plasticidade reversa, e medidas de EIS e SVET demonstraram que houve uma regeneração parcial da barreira após a reparação, seguida, porém, da depleção desta barreira após alguns dias de imersão. O revestimento contendo as microesferas de policaprolactona não demonstrou por meio das medidas de EIS melhora na reparação proporcionada. Contudo, nos ensaios de SVET, a reparação conjunta dos mecanismos foi capaz de selar totalmente a área do defeito e o revestimento apresentou uma eficiência de reparação de 99 %. A diferença do comportamento nos ensaios de EIS e SVET foi explicada por imagens capturadas por MEV, auxiliadas por uma caracterização química na região do defeito por Raman imaging, que demonstraram que a forma como o defeito foi realizado nos dois ensaios resultou em diferentes níveis de regeneração da barreira promovida pelo revestimento. Os revestimentos apresentaram um desempenho inadequado nos testes de exposição em névoa salina, exibindo alto grau de deterioração nas primeiras semanas do experimento e uma diminuição da aderência. Por fim, os revestimentos com ou sem as microesferas de policaprolactona apresentaram uma ótima resistência ao ciclo térmico, não exibindo fissuras ou craquelamento, e medidas de EIS e aderência mostraram que as propriedades de barreira não foram significativamente alteradas e que não houve mudanças na aderência dos dois revestimentos, após o término dos 20 ciclos térmicos.