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Escrita em língua estrangeira no ensino fundamental I: ensino, aprendizagem e desenvolvimento por meio do texto persuasivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Martinelli, Lilian de Melo Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-01102014-173652/
Resumo: O ensino de Língua Estrangeira para Crianças (LEC) bem como sua pesquisa encontram-se em expansão no Brasil e no mundo (Cameron, 2003; Gimenez 2010). Entre os estudos na área de LEC faltam pesquisas que avaliem e analisem dados que provenham de intervenções do ensino de escrita em LEC para crianças alfabetizadas entre 8 e 10 anos (Figueira, 2010). Com o intuito de contribuir para o ensino da escrita em inglês para o nível fundamental, esta dissertação objetiva demonstrar como uma intervenção pedagógica, realizada com alunos do 5º ano em uma escola particular paulista, ensinou o texto persuasivo em inglês e quais foram as implicações desse ensino para os participantes. Nesta pesquisa de mestrado, a professora-pesquisadora objetivou intervir na compreensão de texto de opinião dos alunos de modo a propiciar a expansão do conhecimento (Daniels, 2011; Magalhães, 2009) e o aprimoramento da escrita deles. Conforme as ações de aprendizagem de Davydov (1988), os alunos responderam à pergunta-problema elaborada para o curso, formularam representações sobre as características da persuasão, analisaram textos biográficos e textos persuasivos e, ao final da intervenção, redigiram textos persuasivos sobre o real inventor do avião. A intervenção pedagógica teve suas bases na Teoria da Atividade Sócio Histórico e Cultural, conforme os teóricos Vygotsky (2007) e Davydov (1988). Para Vygotsky (2007), as funções intelectuais dos seres humanos não são tidas como meros resultados de maturação biológica, como algo natural e inato a todos os seres humanos, pois são construídas socialmente com o auxílio fundamental da linguagem. Isso revela que as funções mentais superiores advêm da interação social, das práticas sociais e da história. Desse modo, a cognição não surge apenas do funcionamento biológico, pois advém da integração do corpo biológico com as práticas sociais (Vygotsky, 2007). Outra base teórica para a intervenção foi a Escola Australiana de Gêneros Textuais. Nessa perspectiva, o gênero textual se materializa no uso da língua, que é um meio pelo qual o ser humano constrói significados em um dado contexto social (Eggins, 2004; Halliday & Matthiessen, 1994; Martin, 2008). Dessa forma, o gênero pode servir como uma ferramenta utilizada para criar Zona de Desenvolvimento Proximal e expandir o conhecimento dos alunos. As perspectivas teóricas adotadas, portanto, objetivaram agir no campo em que atuaram (Lantolf, 2000, 2007; Spinoza, 1998; Vygotsky, 2007). Os resultados obtidos após a realização da intervenção pedagógica apontam para a conscientização dos alunos em relação à função persuasiva dos textos de opinião. Além disso, a análise de dados demonstrou que os alunos melhoraram sua escrita de texto de opinião em relação ao pré-teste, realizado antes da intervenção pedagógica. A conclusão aponta que ainda há muito a ser feito na área do ensino da escrita em língua estrangeira, mas que a criança deve ser sensibilizada a produzir textos de opinião ainda na escola primária (Souza, 2003: 73), uma vez que a argumentação e a persuasão estão presentes nas situações cotidianas, escolares ou familiares, das crianças