Rumo à cidadania global: integração da abordagem da pronúncia de inglês como língua estrangeira e CLIL no contexto de formação de professores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Costa, Tamiris Destro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/236842
Resumo: O ensino da pronúncia em ILE (inglês como língua estrangeira) faz-se necessário por diversas razões, dentre elas: pela relação da pronúncia ao desenvolvimento de outras habilidades comunicativas (LANE; BROWN, 2010): compreensão oral (GILBERT, 1997) e a produção escrita (REED; MICHAUD, 2008). Além disso, ao pensarmos no inglês como língua global (CRYSTAL, 2003) é importante considerar a exposição dos alunos aos variados sotaques do inglês (DETERDING, 2015), pois nesse contexto, o aprendiz terá oportunidades de desenvolver a mútua inteligibilidade em suas interações (KANG, 2014). Assim, poderá evitar a política imitacionista do falante nativo como ideal de aprendizagem (BARBOSA, 2007), para que possa reconhecer a relevância de sua identidade cultural (HALL, 1999). Partindo dessa premissa, a presente pesquisa centraliza-se na formação de professores, no âmbito dos cursos de inglês como língua estrangeira (ILE), no Programa Idiomas sem Fronteiras (IsF) e no Programa Língua Inglesa na UNESP (PLIU), o último uma parceria público-privada entre UNESP e Santander, os quais, objetivam promover a residência docente para os profissionais do ensino de LE (línguas estrangeiras) e a capacitação da comunidade universitária em LE (KANEKOMARQUES; GARCIA, 2019), dentre outras ações. Temos por objetivos observar como se dá a abordagem de questões culturais inerentes ao ensino da pronúncia do inglês e inteligibilidade nas aulas dos cursos, oferecidos pelos programas mencionados (IsF e PLIU), além de contemplar de que maneira tais questões se relacionam com os princípios de Cultura e Comunicação, presentes na abordagem CLIL (Content and Language Integrated Learning). A partir dos dados obtidos, observamos, que os 4Cs (conteúdo, cognição, cultura e comunicação) (COYLE, 2007) estão em consonância com as necessidades apontadas pelos participantes desta investigação, assim sendo propomos, neste estudo a associação desses elementos do CLIL ao ensino da pronúncia de ILE. Para tanto, baseamo-nos em concepções próprias da denominada pesquisa qualitativa (LARSEN-FREEMAN, 1991), sendo de natureza aplicada, utilizando-nos dos seguintes instrumentos e procedimentos: questionários semiestruturados aplicados no início e ao final de uma oficina para professores do programa IsF/Santander da UNESP, observação de aulas, diários reflexivos da pesquisadora sobre as aulas observadas, análise de materiais e recursos didáticos para o ensino de aspectos fônicos e entrevistas com os professores. Os resultados nos possibilitaram compor um panorama da abordagem da pronúncia em ILE por esses professores, revelando, de modo geral, um movimento crítico-reflexivo, que parte de suas experiências epistemológicas em direção às práticas de ensino teoricamente informadas. Ademais, observamos que há ainda pouco conhecimento no que diz respeito ao CLIL, no contexto investigado, entretanto, na opinião dos docentes, tal abordagem, mostrou-se relevante para o trabalho de questões culturais e inteligibilidade no contexto de ensino e aprendizagem da pronúncia de ILE.