Estratégias de avaliação da fragilidade pré-operatória em indivíduos submetidos à cirurgia cardíaca

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Verônica Borges Muniz da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17137/tde-03102022-085030/
Resumo: A síndrome da fragilidade leva a um estado de maior vulnerabilidade às situações adversas e desfechos desfavoráveis como morbidades, dependência e mortalidade.Ainda não há um consenso sobre qual a melhor forma ou método ideal de avaliação, principalmente se considerarmos as diferenças entre populações e validação entre os modelos utilizados. Nosso objetivo foi avaliar a presença de fragilidade pelos critérios propostos por Fried e verificar se os pacientes poderiam ser agrupados de acordo com as características clínicas associadas à fragilidade mediante outras formas de avaliação desses domínios, bem como evolução hospitalar pós-operatória. Os candidatos a cirurgias eletivas de revascularização do miocárdio (CRVM) e/ou troca valvar foram convidados a participar da pesquisa e a fragilidade foi avaliada pelos critérios propostos por Fried. Utilizamos também os questionários: Mini Avaliação Nutricional (MAN), Duke Activity Status Index (DASI), DutchExertion Fatigue Scale (DEFS), Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9) e avaliamos as pressões inspiratória e expiratória máximas. Foram incluídos122 pacientes, dentre esses 42 (14 mulheres e 28 homens) fizeram CRVM e 80 (41 mulheres e 39 homens) correções valvares, destes 34,4% (42) foram considerados frágeis, 56,6% (69)pré-frágeis e apenas 9% (11) não frágeis. A classificação com base nos critérios de Fried não mostrou diferença significativa nos desfechos avaliados no pós-operatório, entretanto na análise por Cluster, o Cluster 1 compreende a maioria dos pacientes considerados não frágeis e pré-frágeis (89,2%), e no Cluster 2, não há pacientes considerados não frágeis, sendo 65,1% considerados frágeis. A mortalidade (p=0,007) e proporção de eventos adversos foram significativamente maiores (p=0,004) no Cluster 2. Há alta prevalência de fragilidade e pré-fragilidade, tanto em idosos como não idosos e a proposta de uso de novos instrumentos para avaliar os domínios propostos por Fried parecem ser mais específicos para essa população.