Diferenças e similaridades na qualidade da refeição do Brasil e  Reino Unido: que lições podemos aprender?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Gorgulho, Bartira Mendes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-19102016-143657/
Resumo: Introdução. Apesar de consumirmos alimentos combinados e estruturados em refeições, a maioria dos estudos ainda se concentra em nutrientes ou alimentos consumidos isoladamente. Além disso, comparar a alimentação entre países em diferentes fases de transição nutricional e epidemiológica pode fornecer informações relevantes relacionadas à prevenção da obesidade e DCNT. Objetivo. Caracterizar e comparar a qualidade nutricional da principal refeição consumida por adultos residentes no Brasil e Reino Unido. Materiais e Métodos. A primeira etapa do estudo consistiu na revisão sistemática da literatura, que subsidiou a etapa seguinte, o desenvolvimento do Main Meal Quality Index. Para comparar a qualidade das refeições utilizou-se dados dos inquéritos alimentares Inquérito Nacional de Alimentação INA/POF 2008/09 e National Diet and Nutrition Survey - NDNS. Para a identificação e avaliação da qualidade da refeição utilizou-se duas diferentes abordagens: (1) abordagem híbrida, com a descrição da composição das refeições por meio da árvore de decisão de classificação, e (2) abordagem dirigida pela hipótese, através da aplicação do Main Meal Quality Index. Além disto foram analisados modelos de regressão múltipla a fim de identificar os fatores associados. Resultados. Considerando o horário de consumo e a contribuição energética, os eventos alimentares definidos como principal refeição foram o almoço, para o Brasil, e jantar, para o Reino Unido. A refeição principal brasileira (58 pontos) apresentou melhor qualidade nutricional, com maior participação de fibras e carboidratos, e menor teor de gorduras total e saturada, e densidade energética. No entanto, a principal refeição do Reino Unido (54 pontos) foi composta por mais frutas, verduras e legumes. Os ingredientes culinários, como arroz e feijão, foram classificados pelo algoritmo como componentes característicos da refeição brasileira, enquanto os itens de fast food, como batatas fritas, sanduíches e bebidas açucaradas, foram classificados como refeições Britânicas. No Brasil, o escore final do indicador associou-se positivamente com a idade, e negativamente com o gênero, energia consumida, estado nutricional e renda familiar; enquanto que, no Reino Unido, o indicador associou-se apenas com a idade (positivamente). Conclusão. Embora a principal refeição consumida no Brasil, quando comparada ao Reino Unido, apresente melhor qualidade e composição, as refeições consumidas em ambos os países estão aquém do recomendado.