Cuprúria em pais de pacientes com doença de Wilson antes e depois da administração oral de d-penicilamina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Vieira, Jakeliny
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5147/tde-20082007-144528/
Resumo: A doença de Wilson (DW) é distúrbio da excreção biliar de cobre, de herança autossômica recessiva, devido a mutações no gene ATP7B. O cobre que não se liga à apoceruloplasmina circula no organismo ligado a aminoácidos, deposita-se principalmente no fígado e no cérebro e é excretado pelos rins. A cuprúria maior que 100ug/24h pode auxiliar no diagnóstico, embora cerca 20% dos pacientes com DW apresentem níveis anormais de cuprúria basal. A administração da d-penicilamina (DPA) pode promover, em crianças, valores maiores que 1.600ug/24h. A fim de se conhecer os níveis de cuprúria de possíveis indivíduos heterozigotos adultos, foram avaliados 25 pais e 25 mães de pacientes (média 61 anos em homens; 57 anos em mulheres) com diagnóstico de DW. Foram obtidos os níveis séricos de enzimas hepáticas, cobre e ceruloplasmina, e quantificada a cuprúria de 24h. A seguir, os indivíduos receberam DPA 1,0g por via oral dividido em duas tomadas, durante nova coleta de urina para dosagem de cuprúria de 24h. Esta análise foi realizada pelo método de espectrometria de absorção atômica eletrotérmica. Os níveis de enzimas hepáticas foram semelhantes nos dois grupos, exceto o nível médio de fosfatase alcalina que foi maior nas mulheres (H= 68,72 UI/L; M=81,68 UI/L). Os níveis de ceruloplasmina (H=21,72mg/dL; M=27,78mg/dL) e de cobre sérico (H=71,38 ?g/dl; M=88,0 ug/dl) foram maiores em mulheres do que em homens (p<0,001). Os níveis de cuprúria basal foram 22,43ug/24h (média) e 21,40ug/24h (mediana); e, após a DPA, de 523,54 ug/24h (média) e 511,5 ug/24h (mediana). A cuprúria média basal masculina foi de 26,19. ug/24h, enquanto a feminina foi de 18,28. ug/24h (p=0,005). Com o presente estudo, ficou definida possível faixa de variação da cuprúria antes e depois da administração de dpenicilamina em pais de portadores com doença de Wilson; que os pais apresentaram cupremia e níveis de ceruloplasmina menores e cuprúria basal maior do que as mães; que as faixas de variação de normalidade para os parâmetros ceruloplasmina, cobre sérico e urinário deveriam ser diferenciadas de acordo com o sexo.