Reta ordem da alma: Eric Voegelin, A República de Platão e o platonismo na filosofia voegeliniana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Marini, Gabriel Guimarães
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-17102024-102614/
Resumo: O objetivo desta dissertação é compreender a relação entre a leitura textual que o filósofo Eric Voegelin promoveu d’A República de Platão e a absorção de elementos platônicos advindos deste e de outros diálogos – em especial o Timeu-Crítias – na filosofia política e na filosofia da consciência voegelinianas. Em oposição a leituras críticas que separam as duas parcelas citadas, eu argumentarei em favor de uma visão una do processo filosófico de Voegelin. Os seus métodos, pressupostos e resultados interpretativos serão contrapostos a leituras distintas d’A República, advindas das tradições liberal, analítica e marxista e, a partir deste contraste, as principais características da exegese voegeliniana serão destacadas, sendo sublinhada a recuperação da distinção platônica entre filosofia e filodoxia. Os usos voegelinianos de Platão, com especial ênfase ao chamado “princípio antropológico” e ao uso do termo simbólico metaxy ilustrarão o caminho que parte da filosofia política de meados da carreira do autor e desemboca na filosofia mística da consciência do Voegelin final. Defenderei a hipótese de que, apesar da evolução implícita entre os dois pontos, há em Voegelin um caminho similar àquele que podemos ver na leitura que vê no Timeu uma continuação da discussão lida n’A República. Não obstante, defendo que o enfoque místico do segundo momento não torna o estudo político-social de The New Science of Politics inválido