Epidemiologia dos traumas em países desenvolvidos e em desenvolvimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Imamura, Janete Honda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-18092012-161930/
Resumo: Objetivos: Estudo sobre mortalidade por causas externas não intencionais divulgadas na literatura médica mundial em crianças e adolescentes, com verificação das principais causas externas fatais não intencionais e identificação de diferenças de causas externas de óbito entre países de diferentes desempenhos econômico-sociais. Método: Revisão sistemática da literatura mundial sobre mortalidade por causas externas não intencionais em crianças e adolescentes de julho de 2001 a junho de 2011, através das bases de dados de periódicos eletrônicos científicos PubMed, LILACS, EMBASE e pesquisa manual com dados de âmbito nacional de órgãos oficiais. Resultados: Selecionados 15 artigos de periódicos, um livro e os dados estatísticos de 2010 da base de dados do Ministério da Saúde do Brasil. A maioria de países envolvidos nas divulgações de dados apresentavam alto desempenho econômico-social, com preponderância de países de alta e média renda econômica e índice de desenvolvimento econômico muito alto. Dos óbitos por causas externas, as principais causas foram as não intencionais. Verificou-se predominância dos acidentes de transporte como principal causa de óbito nos países estudados, em especial a partir da idade pré-escolar. A seguir os afogamentos e submersões se sobressaem, seguidos pelas quedas, queimaduras e as intoxicações. As maiores taxas de mortalidade por causas externas não intencionais por faixa etária foram observadas nas crianças menores de um ano de idade, principalmente pelos riscos acidentais à respiração excluindo os afogamentos e as submersões. Foi identificado ainda um número expressivo de óbitos por causas externas de intenção indeterminada. No Brasil, esses fatos também se repetiram e observou-se que praticamente metade dos óbitos em crianças por acidentes de transporte ocorreram na própria via pública. Conclusões: O acidente de transporte foi identificado como causa predominante de óbito por causas externas não intencionais na infância nos países estudados, principalmente a partir da idade pré-escolar. A faixa etária dos lactentes foi especialmente susceptível aos riscos acidentais à respiração que excluem os afogamentos e as submersões acidentais. Investigações mais detalhadas dos óbitos por causas externas para reduzir o número de eventos por intenções indeterminadas devem ser consideradas. Mais divulgações de dados sobre a ocorrência de mortes por causas não intencionais em países com menor desenvolvimento econômico e social são necessárias para um maior conhecimento e conscientização desses eventos passíveis de prevenção