Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Mendes, Rubia Aparecida Pereira de Carvalho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47135/tde-18112019-191921/
|
Resumo: |
INTRODUÇÃO As pressões biológicas e psicosociais que ocorrem durante a adolescência vêm promovendo um atraso na fase de sono que cria um conflito com os horários escolares e pode levar a diferenças na duração de sono entre os dias letivos (DL) e finais de semana (FS), conhecido como jetlag social (JLS). OBJETIVO Fase 1: Verificar a relação de algumas variáveis com o cronotipo de adolescentes. Fase 2: Avaliar a influência do turno escolar nos parâmetros rítmicos e de sono, JLS, nas atividades noturnas e desempenho cognitivo de adolescentes. MÉTODOS Fase 1: 435 estudantes (12-17 anos) responderam o questionário de cronotipo e de identificação do sujeito e do seu sono. Fase 2: Nós usamos actimetria e o diário de atividades por 9 dias consecutivos, sendo 2 finais de semana, em 51 adolescentes (12-14 anos) que estudavam de manhã (7:00h às 12:00h) ou à tarde (12:30h às 17:30h). A sessão de testes cognitivos ocorreu duas vezes ao dia (7:15h ou 16:45h). RESULTADOS Fase1: Meninas relataram maior vespertinidade que os meninos. Nós observamos que uso de substâncias químicas, duração e queixas de sono foram variáveis relacionadas a maior vespertinidade nas meninas e queixas de sono nos meninos. Fase 2: Estudantes de cada turno relataram dormir em horários similares, mas apenas os estudantes da manhã declararam acordar mais cedo nos DL. Consequentemente, nesses dias a duração do sono deles foi 1h45 mais curta e os cochilos depois da escola não foram suficientes para compensar a privação de sono. Os estudantes da tarde não apresentaram JLS. Nos estudantes da manhã observamos um adiantamento da acrofase da atividade motora nos DL (13:20h) comparado ao FS (15:41h) e aos estudantes da tarde (DL:15:10h; FS: 15:38h). Os estudantes da manhã também apresentaram um achamento na oscilação desse ritmo (elevação do mesor e diminuição da amplitude) nos DL. A acrofase da temperatura do punho não foi diferente entre os quatro grupos (~4:45h). A maioria dos estudantes da manhã relatou necessidade de usar o despertador para acordar nos dias letivos. Adolescentes de ambos os turnos usaram mídias à noite, sendo a duração maior no FS (3h22) que nos DL (2h56). O mesmo ocorreu para as atividades de lazer (DL: 2h01; FS: 2h44). Enquanto todos os adolescentes da tarde relataram estudar à noite apenas 10 da manhã realizaram esta atividade, porém a duração do estudo dos 10 adolescentes da manhã foi maior (1h06) em relação aos da tarde (0h31). Observamos um melhor desempenho dos estudantes no teste de memória operacional verbal e marginalmente da compreensão de leitura quando os testes foram realizados à tarde. CONCLUSÃO Os estudantes do turno da tarde mostraram superação da privação crônica de sono, parâmetros rítmicos mais regulares ao longo da semana e melhor desempenho cognitivo em alguns padrões de memória. O uso excessivo de mídias por estudantes à noite muito provavelmente está reduzindo o tempo de sono, laser e estudo desses adolescentes. Com este trabalho podemos contribuir com políticas públicas em educação |