Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Ignacio, Daniela Sarreta |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-11082004-131822/
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Resumo: |
Estudo descritivo, desenvolvido por método de estudo de caso, de múltiplos casos, enfocando o fenômeno da ansiedade. Objetivos: identificar a presença e quantificar o nível de ansiedade em cardíacos isquêmicos antes e após, dez minutos, das orientações ao procedimento de angioplastia coronariana transluminal percutânea (ACTP); mensurar o nível de ansiedade desses clientes, dez minutos antes do indivíduo entrar em sala de procedimentos para sua realização, e identificar a presença de sintomas de ansiedade. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, com coleta de dados realizada por demanda espontânea conforme conveniência do pesquisador. A amostra compôs-se de vinte sujeitos cardíacos isquêmicos, adultos, encaminhados via Sistema Único de Saúde ao primeiro procedimento de ACTP. Composto por observação participativa e três momentos de mensuração da pressão arterial, freqüência cardíaca e respiratória e aplicação do Inventário de Ansiedade TraçoEstado de Spielberger (IDATE) para Estado, no primeiro momento também foi aplicado o IDATETraço. Para obtenção dos resultados aplicou-se métodos de análise estatística simples. Os resultados encontrados foram que a pressão arterial sistólica se manteve acima dos valores limites, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, nas três etapas em mais de 60% dos casos, sendo realizado o tratamento anti-hipertensivo; os padrões observados para freqüência cardíaca se mantiveram na faixa de normalidade para 85% dos casos, porém, em 70% dos casos faziam-se uso associado de betabloqueadores; a freqüência respiratória mostrou-se ascendente durante o evoluir das etapas, com taquipnéia em 50% dos casos no segundo momento e em 70% no terceiro momento. Os valores, segundo categorização do IDATE, tiveram as médias do estado de ansiedade em faixa moderada nos três momentos, sendo que entre o segundo e terceiro momentos houve variação de, mais ou menos, seis pontos, levando alguns clientes ao nível elevado. Para ansiedade traço a faixa também foi moderada. As orientações de enfermagem realizadas por cinco profissionais diferentes produziu, em 60% dos clientes, aumento da pontuação do IDATE, sendo percebido e relatado por alguns como aumento do nervosismo após as orientações. O conteúdo das observações demonstra que comportamentos característicos à ansiedade foram mantidos em todos os clientes, tendo maior número e variedade sem relação ao tempo de espera. Conclui-se que a ansiedade, provocada pela ACTP, já vem alterada (moderada), mantendo-se ou agravando-se ao longo da espera, e as orientações de enfermagem não produzem a redução da ansiedade, em alguns casos a eleva mais. Mesmo utilizando medicações anti-hipertensivas, os clientes desenvolvem hipertensão leve a severa, acompanhada por elevação da freqüência respiratória e manutenção da freqüência cardíaca na normalidade nos três momentos. O ambiente ao qual o indivíduo é exposto contribui para desencadear ansiedade, agravando-a também. Considera-se a amostra do estudo pequena, permitindo apenas a generalização naturalística. Expôs-se a realidade vivida pelo cardíaco, suscitando novos questionamentos e demonstrando a necessidade de intervenções ambientais locais. Espera-se com este trabalho o desencadear de outros estudos com populações maiores, aprofundando-se na compreensão da ansiedade. |