Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Silva, Matheus Alves Duarte da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-17112015-125157/
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Resumo: |
O presente trabalho discute a construção sociotécnica da peste bubônica no Rio de Janeiro de 1897 a 1906. Tem como aporte teórico a teoria do ator-rede e como metodologia o acompanhamento de cientistas, médicos e políticos brasileiros interessados no combate à peste, analisando as polêmicas que se envolveram, e que redes sociotécnicas foram por eles mobilizadas. As fontes utilizadas foram: trabalhos científicos publicados no Brazil-Medico; debates veiculados na imprensa diária e os relatórios da Diretoria Geral de Saúde Pública (DGSP). As principais polêmicas foram em torno do tempo de incubação, letalidade e forma de transmissão da doença. A incubação implicava diretamente no tempo em que os navios ficariam submetidos à quarentena e o Governo Federal acreditava que ela durava 20 dias. Entretanto, pressões exercidas por diferentes atores, como a Associação Comercial de Santos, foram aos poucos mudando essa política e também a compreensão do período de incubação e da letalidade da doença. Em 1904, as quarentenas contra a peste foram extintas no Brasil e era consenso a doença não ser tão letal nem ficar incubada por um período superior a 10 dias. A questão da transmissão implicava diretamente na adoção de medidas sanitárias. Em 1900, o Governo Federal acreditava que a doença era transmitida pelo ar, ou por objetos, por isso a adoção de desinfecção de casas e no isolamento de pessoas contaminadas. Entretanto, em São Paulo, existia outra concepção sobre a transmissão e o extermínio de ratos era a principal medida. No Rio de Janeiro, alguns personagens, como Ismael da Rocha, defendiam a estratégia de São Paulo Com isso, foram estabelecidas duas redes, uma que concedia um papel aos ratos e outra não. A última foi vitoriosa até 1903. Naquela data, Oswaldo Cruz deu inicio a uma campanha de extermínio de ratos, que se mostrou eficaz. Quando os ratos passaram a ser considerados os culpados pela transmissão da doença mudanças ocorreram. As desinfecções passaram a se concentrar nesses animais e se planejou uma reformulação da cidade, com edifícios que vedassem a entrada de ratos e na construção de esgotos. |