A aproximação e chegada da Peste Bubônica ao Rio de Janeiro: sua Repercussão nos Periódicos Cariocas em Tempos de Modernização e Avanços Bacteriológicos (1894-1907)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Cruz, Thayara Cristina da Silva
Orientador(a): Andrade, Rômulo de Paula
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/50273
Resumo: A dissertação trata da aproximação e chegada da peste bubônica à cidade do Rio de Janeiro durante o desenvolvimento da terceira pandemia da doença e se debruça, principalmente, sobre os conteúdos circulantes a respeito da mesma na imprensa carioca da época. O ano de 1894 marcou o aparecimento de casos do flagelo em uma província chinesa, e a partir de então, a peste marchou do oriente ao ocidente, evocando medo e ansiedade entre as autoridades alarmadas com sua possível chegada em seus territórios. Em 1899, a doença invadiu a cidade do Porto, em Portugal, e se tornou razão para um maior temor dentre as autoridades brasileiras frente à invasão iminente da moléstia em seu território, vide as imbricadas relações comerciais e imigratórias entre esses países. Nesse sentido, de aparições pontuais nos jornais cariocas utilizados nessa pesquisa até então, após sua expressa aproximação do Brasil, a peste começou a ganhar espaço nas publicações diárias, e a partir de 1900, quando a cidade do Rio de Janeiro notificou seus primeiros casos da doença, confirmados bacteriologicamente, foi possível ao público leitor, observar através das notícias circulantes nesses jornais o desenvolvimento das epidemias da doença na cidade, contabilizar seus casos, acompanhar medidas de combate e suas modificações e adaptações, ilustrações, opiniões e críticas sobre a possível não existência da doença, sentimentos de satisfação e insatisfação dos próprios populares publicados naquelas folhas e, além disso, curiosidades e comentários sobres surtos da moléstia registrados em surtos passados. Por fim, vale salientar que, as discussões aqui propostas se ambientam em momento de circulação de ideias sobre modernidade e ebulição de novos saberes científicos acerca da peste, impulsionados pelo avanço da bacteriologia.