Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Vieira, Leandro Manzoni |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-01052013-152058/
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Resumo: |
O gênero Scrupocellaria senso lato (Família Candidae) compreende Ca. 92 espécies, 20 fósseis e 72 recentes. Muitas dessas espécies são morfologicamente semelhantes ou tratadas como tendo grande plasticidade morfológica, as quais consequentemente têm ampla distribuição mundial. Embora o gênero tenha uma longa história taxonômica e seus representantes sejam abundantes e comuns desde as regiões entremares até mais de 1,000 metros de profundidade, estudos taxonômicos do gênero são escassos. Os objetivos desse estudo são: (i) realizar o levantamento das espécies de Scrupocellaria, (ii) delimitar a variação morfológica intraespecífica das espécies, (iii) analisar a morfologia comparada de Scrupocellaria visando propor uma hipótese de relações filogenéticas entre as espécies do gênero. O estudo inclui colônias coletadas em vários pontos da costa brasileira, bem como espécimes depositados em coleções científicas nacionais e internacionais. Alguns espécimes foram selecionados para observação em Microscópio Eletrônico de Varredura. Entre os espécimes estudados foram incluídos 32 holótipos, sintipos de 22 espécies e 1 lectótipo. Várias estruturas morfológicas foram utilizadas pela primeira vez na distinção dos táxons, e.g. forma da superfície dos rizoides, tamanho dos vibraculários basais, tamanho e forma dos aviculários frontais e laterais. O lectótipo de Scrupocellaria reptans foi escolhido para redefinir a identidade dos espécimes descritos por Carolus Linnaeus, distintos de uma nova espécie descrita para o Mar do Norte pela forma do escudo, tamanho dos zooides e rizoides cilíndricos sem ganchos em sua superfície. Scrupocellaria jolloisii é relatada pela primeira vez no Atlântico e classificada no gênero Licornia, nome que é ressuscitado para incluir outras 9 espécies: Licornia annectens n. comb., Licornia cervicornis n. comb., Licornia cyclostoma n. comb., Licornia diadema n. comb., Licornia ferox n. comb., Licornia gaspari n. comb., Licornia longispinosa n. comb., Licornia macropora n. comb. e Licornia prolata n. comb. Um novo gênero, N.gen.1, é criado para acomodar Scrupocellaria bertholletii (Audouin, 1826). Outras 26 espécies, 19 das quais descritas como novas, são classificadas em N.gen.1, e uma chave dicotômica para as espécies do gênero é apresentada. Um estudo filogenético, baseado em 35 caracteres morfológicos de 84 espécies de Candidae, indica que o gênero Scrupocellaria compreende um táxon polifilético e que o gênero N.gen.1 é monofilético. Scrupocellaria \'sensu stricto\' é redefinido utilizando quatro características morfológicas: câmara vibracular com sulco do vibráculo curvo e obliquo, ectooécio com fenestra frontal, 2 vibraculários axiais e opérculo membranoso com margem distal distinta. Assim, Scrupocellaria \'sensu stricto\' inclui 10 espécies: Scrupocellaria aegeensis, Scrupocellaria delilii, Scrupocellaria harmeri, Scrupocellaria incurvata, Scrupocellaria inermis, Scrupocellaria intermedia, Scrupocellaria jullieni, Scrupocellaria minuta, Scrupocellaria scrupea, e Scrupocellaria scruposa. Cinco gêneros são criados para acomodar outras espécies classificadas anteriormente como Scrupocellaria, distintos pela forma do escudo e espinhos orais, forma do vibraculários e forma dos ovicelos. O presente estudo revelou uma diversidade ainda desconhecida para vários grupos de Candidae, e mostra a necessidade de mais estudos sobre a taxonomia e filogenia da família, para a melhor compreensão da distribuição, variação morfológica e relação filogenética entre os táxons |