Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Arco Júnior, Mauro Dela Bandera |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-29042013-130722/
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Resumo: |
Trata-se de analisar a teoria da linguagem de Jean-Jacques Rousseau tal como desenvolvida no Ensaio sobre a origem das línguas e em outros textos e fragmentos concernentes à música e à linguagem. Buscar-se-á, com isso, investigar em que medida a música se apresenta, ao longo do Ensaio, como o paradigma segundo o qual a história e a essência da linguagem são pensadas. Ao aplicar o modelo musical aos fenômenos linguísticos, Rousseau concebe o valor da linguagem na força evocativa e extrarrepresentativa, produzida pela cadeia sucessiva dos sons, e não no fato da palavra ser o sinal convencional de algo. Rousseau eleva a música enquanto articuladora de sua concepção de linguagem e não uma teoria binária do signo, como fazem os homens de Port-Royal. Isso acontece porque a essência e o destino da linguagem, sua força ou impotência, são decididos no interior de uma organização social. Cada língua particular tem sua construção e seus desenvolvimentos inscritos em uma historicidade própria e marcados pelo aspecto geográfico e climático que a envolve e que estabelece diferentes modelos de sociabilidade entre os homens. Nesse sentido, é fácil observar que Rousseau se opõe à universalidade e ao caráter a-histórico da razão que organiza a estrutura das línguas, na medida em que as condições dos homens em relação aos meios de subsistência influenciam diretamente suas trocas mútuas e, consequentemente, a formação das línguas. Essas influências se fazem, no seio de cada sociedade, por meio de um processo singular que só se torna inteligível se referido à análise completa de uma situação histórica, a todos os elementos constitutivos do modo de vida dos homens e, em primeiro lugar, às relações efetivas entre os homens e a natureza. Vislumbra-se, assim, qual é o laço que une um ensaio sobre as línguas à esfera social e política, e por qual motivo é possível fazer uma história da liberdade e da escravidão dos povos a partir de uma análise de suas línguas. Tudo isso está muito distante dos conteúdos desenvolvidos nos escritos de Descartes e dos homens de Port-Royal. Almejar-se-á, então, reconhecer algumas das singularidades das reflexões de Rousseau sobre a linguagem e apontar uma articulação decisiva não abordada pela concepção cartesiana VIII de linguagem. Com isso, pretende-se mostrar o que há de novo na perspectiva de Rousseau frente ao pensamento clássico e, assim, indicar o lugar preciso ocupado pelo filósofo genebrino no que concerne aos estudos da linguagem. |