Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Fragata, Fernanda da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-29062005-102615/
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Resumo: |
Nos últimos 15 anos, o uso do propofol vem se popularizando na prática clínica como anestésico intravenoso para indução e manutenção da anestesia em cães e gatos. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do propofol na pressão arterial, freqüência e ritmo cardíacos, quando empregado na indução e na manutenção anestésica de cães, verificar a correlação entre os valores de freqüência cardíaca e pressão arterial média, obtidos durante a indução e a manutenção anestésica e avaliar a incidência de efeitos colaterais deste fármaco. Foram utilizados 53 cães, 15 machos e 38 fêmeas, clinicamente sadios, com idades entre 1 e 12 anos, peso entre 2 e 44 kg, de diferentes raças, categoria de risco ASA 1 ? 2. Após avaliação clinica, foi administrada a medicação pré-anestésica (T0) constituída de acepromazina (0,05mg/kg) e meperidina (3mg/kg) pela via intramuscular. A indução da anestesia foi realizada em dois momentos, no primeiro momento infundiu-se metade da dose de propofol calculada (T1), no segundo momento procedeu-se o término da administração da dose total de indução da anestesia (T2), o terceiro momento correspondeu a intubação orotraqueal (T3). Durante a manutenção da anestesia, avaliou-se os momentos após 5 minutos de manutenção (T4), 10 minutos (T5) e 20 minutos (T6), onde o grupo 1 recebeu o agente inalatório isofluorano em O2 a 100% e o grupo 2 infusão contínua de propofol na dose de 0,6mg/kg/min e O2 a 100%, ambos os grupos permanecendo em plano anestésico adequado. Pode-se observar que a freqüência cardíaca foi, em média, superior durante o período de indução anestésica e a pressão arterial média foi, em média inferior, porém, clinicamente, a magnitude destas alterações pode ser considerada de pouca importância clínica. Não existiu correlação estatisticamente significante entre a queda da pressão arterial média e o aumento da freqüência cardíaca em nenhum dos tempos analisados, o que leva a crer que o aumento da freqüência cardíaca se deve provavelmente à diminuição da atividade parassimpática neural cardíaca e prevalência da atividade simpática cardíaca, e a diminuição da pressão arterial encontrada pode ser secundária à diminuição da atividade simpática periferia. A avaliar o ritmo cardíaco notou-se diminuição da incidência de bradiarritmias e arritmia sinusal e um aumento do ritmo sinusal, provavelmente pela diminuição da atividade parassinpática cardíaca. Tais observações sustentam a hipótese de que o propofol pode agir diferentemente na atividade simpática periférica e cardíaca também nos cães. Pode-se ainda levantar a hipótese de que a atividade barorreflexa também pode estar diminuída nos cães já que não houve correlação significante entre a diminuição da pressão arterial e o aumento subseqüente da freqüência cardíaca. Durante a manutenção da anestesia houve uma queda da pressão arterial, sem importância clinica e não houve alteração significante em relação a freqüência cardíaca. Foi possível observar excitação em apenas dois animais no momento T1 e um animal em T2. Apnéia foi observada em apenas oito animais (15,1%) sete no momento T3. Outros trabalhos utilizando-se medidas da atividade barorreceptora, análise espectral da variabilidade da freqüência cardíaca, neuromicrografia ou até mesmo medida do clearence de norepinefrina para melhor avaliação da atividade simpática de cães durante a anestesia ainda devem ser realizados para comprovação destas hipóteses fortemente sugestivas pelos dados encontrados neste estudo. O propofol demonstrou ser um fármaco seguro quando empregado na indução e na manutenção da anestesia em cães, não causando alterações cardiovasculares clinicamente importantes. |