Avaliação dos efeitos citoprotetores de compostos isolados de Copaifera langsdorffii Desf. contra citotoxidade induzida pela exposição ao metilmercúrio e ao chumbo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Mejia, Jennyfer Andrea Aldana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60138/tde-23112017-144036/
Resumo: As plantas do gênero Copaifera mais bem conhecidas como \"copaibeira\" são árvores tropicais, reconhecidas pela produção de uma oleorresina extraída do tronco, a qual vem sendo empregada por mais de 500 anos na medicina tradicional popular. Entre as espécies mais abundantes no Brasil destaca-se Copaifera langsdorffii L., que nas suas folhas têm um grande número de compostos fenólicos com potencial atividade biológica como antioxidante. Este estudo teve como finalidade isolar compostos das classes de flavonoides e galoilquínicos presentes nas folhas de C. langsdorffii e investigar seus possíveis efeitos citoprotetores frente à intoxicação com metais pesados. Foi obtido o extrato hidroalcoólico das folhas, e foi submetido a partições líquido-líquido. A fração em acetato de etila foi fracionada através de cromatografia contracorrente de alta velocidade (HSCCC), e a fração em n-butanol por cromatografia de exclusão em gel Sephadex. Foram isolados e identificados por RMN, dois flavonoides (quercitrina e afzelina) da fração em acetato de etila e dez derivados galoilquínicos da fração n-butanólica. Os flavonoides e dois derivados galoilquínicos (AGQ3 e AGQ4), foram avaliados em ensaios de citotoxidade com o protocolo de alamar blue nas linhagens celulares de hepatocarcinoma humano (HepG2) e feocromocitoma da medula suprarrenal de rato (PC12), em três diferentes concentrações (1, 10 e 100 ?M) por 24 h. A segurança do composto AGQ4 também foi avaliada através do ensaio de eficiência clonogênica contra a linhagem de pulmão de hamster chinês (V79). Após foram feitos ensaios de associação realizando pré-tratamentos de 1 hora com os compostos, para posterior exposição a doses tóxicas dos metais. Os ensaios de citotoxidade demostraram que nenhuma das concentrações avaliadas dos quatro compostos afetou a viabilidade das linhagens celulares. O ensaio de eficiência clonogênica mostrou que apenas uma concentração de 3,8 mM consegue reduzir significativamente a viabilidade na linhagem V79, mostrando o AGQ4 como um composto seguro para o uso in vitro. Os ensaios de associação mostraram que os quatro compostos têm efeito citoprotetor significativo na linhagem HepG2, contra mercúrio e chumbo a exceção do AGQ3 que em concentração de 100 ?M não mostrou proteger contra o chumbo. Por outro lado, os compostos não foram ativos contra o mercúrio na linhagem PC12, mostrando efeito contrário, pois os tratamentos metal-composto diminuíram a viabilidade em comparação com os tratamentos só com o metal. Apenas nas concentrações de 1 e 10 ?M se evidenciou efeito protetor dos compostos contra o chumbo. Em geral também foi observado um efeito de menor atividade na maior concentração do composto, que pode estar relacionado ao efeito pró-tóxico que alguns polifenóis apresentam em concentrações maiores. Tanto os flavonoides quanto os derivados galoilquínicos isolados de C. langsdorffii se mostraram com potencial na citoproteção contra a exposição ao chumbo e ao mercúrio