Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Moraes, Elody Alexandrina Nunes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-23092009-133831/
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Resumo: |
A leitura e a escrita são importantes ferramentas para ajudar os alunos a melhor compreenderem o mundo ao seu redor. É preciso conhecer, ler, analisar e reproduzir modelos de qualidade para que seja possível escrever textos de forma mais competente. Neste sentido, as propostas de escrita podem incentivar a paráfrase de bons modelos com a finalidade de auxiliar os alunos a se comunicarem melhor, até que se constituam como autores mais autônomos. Mas, até que ponto o contato com os modelos pode afetar a liberdade de criação? É possível copiar um modelo e construir a própria autonomia ao mesmo tempo? Para responder a estas questões, George Steiner, em seu livro Gramáticas da criação, defende a idéia de que estamos a todo o momento imitando, ou melhor, repetindo modelos, ações e idéias de outros. De um modo geral, a criação estaria muito mais próxima da paráfrase do que daquilo que é visto como novo, como original. Bakhtin também disserta sobre o quanto somos ecos de outras vozes que nos cercam, repetindo idéias que não são só nossas, mas que circulam socialmente e influenciam nosso modo de pensar e de agir; interações essas que se estabelecem entre as pessoas e que nos permitem avançar em nossos conhecimentos, de acordo com a teoria sócio-cultural desenvolvida por Vygotsky. Neste sentido, é possível levantar algumas idéias sobre o papel da escola e também dos livros didáticos nesse processo de criação, ou seja, no desenvolvimento da autoria dos alunos. Neste estudo, pretende-se analisar o modo como se relacionam cópia, reprodução, paráfrase e autoria no processo de construção da autonomia dos alunos a partir das metodologias presentes nas atividades de escrita propostas nos livros didáticos. Foram analisadas seis obras de grande adoção nas escolas e que são aprovadas pelo Programa Nacional do Livro Didático. Em todas elas observou-se a presença de boas estratégias, cujo principal objetivo era apresentar um bom modelo para que o aluno conseguisse ressignificá-lo e, a partir dele, desenvolver o seu próprio texto. Partiu-se da concepção de que a criação humana é sempre mediada por algo que já existe e que não se trata de uma simples repetição: há trabalho dos sujeitos nisso, pois o autor é na verdade um aumentador, ele aumenta o mundo a partir de algo que já existe. Podemos considerar, portanto, que a idéia de criatividade relaciona-se, na verdade, com a idéia de transformação da realidade e que esse processo está presente nos materiais didáticos atuais, enquanto uma boa estratégia para formar escritores mais competentes. |