Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Azevedo, Mônica Maria de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/14660
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Resumo: |
A presente Tese de Doutorado em Educação apresenta uma pesquisa sobre os sentidos atribuídos à leitura de textos e livros didáticos, por professores das disciplinas de História, Geografia e Ciências e por alunos do 6° ao 9° do Ensino Fundamental. A pesquisa realizada no Colégio Universitário Geraldo Reis da Universidade Federal Fluminense pertencente à rede pública da cidade de Niterói – RJ contou com um professor de cada uma das disciplinas de História, Geografia e Ciências, e um aluno de cada turma do 6° ao 9° ano, escolhidos pela disponibilidade e voluntariedade de participação na pesquisa. As abordagens teóricas que fundamentaram a pesquisa se baseiam nas discussões desenvolvidas sobre o conceito de linguagem, leitura e experiência realizadas por Vygotsky, Freire, Yunes, Benjamin e Larrosa. A pesquisa foi desenvolvida na perspectiva da abordagem (auto)biográfica das histórias de vida e formação e as entrevistas inspiradas nos moldes da entrevista narrativa discutida por Jovchelovitch e Bauer foram utilizadas como dispositivo de obtenção das narrativas dos sujeitos. A análise das narrativas de professores e alunos, realizada a partir dos eixos temáticos dos objetivos específicos e com base no referencial teórico e das inferências da pesquisadora constatou que a leitura dos textos e livros didáticos das disciplinas está associada às exigências do trabalho com o conteúdo das disciplinas, não havendo envolvimento, desejo ou interesse pela leitura dos mesmos. Há unanimidade de um olhar crítico sobre os livros e textos didáticos por: não contextualizarem a realidade, estarem comprometidos com alguma concepção, ou ainda, necessitarem de uma reconfiguração do professor. Os livros didáticos são usados como material de apoio e não o principal meio para trabalhar a leitura. A leitura está associada ao conteúdo das disciplinas e não à formação do leitor. Os professores reconhecem a importância de outras linguagens na prática pedagógica. Para os alunos a leitura é uma tarefa de aula formal que pode transcender a leitura do texto escrito, ampliando-se para outros textos, discussões e conhecimento de mundo. Defendem que os livros didáticos devem ser imparciais e assépticos, valorizando uma função instrumental e decodificadora. Concluiu-se que as experiências com a leitura antecedem a escolarização, acontecem na escola pela ação mediadora dos professores e suas concepções sobre a leitura e atravessam a escola como pautas defensoras da neutralidade e da imparcialidade como se isso não denotasse uma posição ideológica |