Efeito do hormônio do crescimento no sistema lipolítico de bovinos: avaliação da atividade da lipase sensível a hormônio e da concentração de RNAm da lipase e da proteína G inibitória

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Souza, Elaine Patricia Maltez de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20210919-105753/
Resumo: Diversos sinais atingem as células eucarióticas sendo que alguns necessitam de receptores na membrana para transmitir seus efeitos no interior da célula. As proteínas G atuam em conjunto com os receptores de membrana, regulando, entre outros processos, a atividade da adenilato ciclase e, portanto, os níveis intracelulares de AMP cíclico (AMPc). O aumento do nível de AMPc ativa a proteína quinase A, responsável pela ativação da lipase sensível a hormônio (HSL) através de fosforilação desta enzima em resíduos de serina. Esta sequência de eventos para ativação da HSL tem papel essencial na regulação da mobilização de ácidos graxos, por regular a atividade catalítica considerada limitante à hidrólise dos triacilgliceróis (TAG) nos adipócitos. O mecanismo através do qual a somatotropina (ST) ou hormônio do crescimento (GH) ativa a lipólise e aumenta a resposta a agonistas beta-adrenérgicos, ainda não está completamente elucidado, mas resultados com cultura de tecidos, demonstraram que a ST estimula a lipólise através da via de ativação do AMPc, resultando em maior atividade da HSL, principalmente pela remoção da inibição exercida pela proteína G inibitória à adenilato ciclase, através de sua subunidade alfa 2. Este estudo teve como objetivo principal, verificar o efeito da ST na expressão gênica da HSL e da proteína Giα2, em cultura de tecido adiposo. Seis vacas serviram como fonte de tecido adiposo para as culturas de tecido obtido por biópsia que foram avaliadas para a concentração de RNAm (RNA mensageiro) das proteínas estudadas e a atividade da HSL. Explantes de 30 mg foram incubados durante 48 horas em meio 199 com 25 mM de bicarbonato e HEPES (pH 7,4, 37°C) e 5% CO<sub>2</sub> nos seguintes tratamentos: 1) Controle: insulina (100 ng/ml) e dexametasona (10 nM) e 2) Tratamento com bST: insulina (100 ng/ml), dexametasona (10 nM) e bST (100 ng/ml, ST recombinante bovino - Monsanto). A lipólise foi determinada pela liberação de NEFA no meio de cultura 199 e o RNA total foi extraído dos explantes para quantificação do RNAm da HSL e proteína Giα2. As análises estatísticas foram realizadas usando o teste t de Student para amostras pareadas (com ou sem ST) através do programa SAS. Houve um aumento da liberação de NEFA dos homogenatos feitos a partir de tecidos tratados com ST (19,97 e 25,37 nMol/mg proteína.h para os tratamentos controle e com ST, respectivamente; p<0,05; n=5; desvio padrão 1,36). Não houve diferença significativa (p>0,05) na abundância do RNAm da Giα2 (0,46 e 0,55 x 10<sup>-3</sup> fmol para os tratamentos controle e com ST, respectivamente; n=5; desvio padrão 0,25). Embora não tenha sido observado efeito na abundância de RNAm da proteína Gi, a ST alterou a abundância de RNAm da HSL (p<0,06; 0,08 e 0,13 x 10<sup>-5</sup> fmol para os tratamentos controle e com ST respectivamente; n=5; desvio padrão 0,03). Os resultados obtidos confirmam a hipótese de que a quantidade da proteína Gi não é alterada, apesar de sugerirem que existe um aumento na abundância de RNAm da HSL, que pode ser responsável por parte do aumento da atividade lipolítica após tratamento com ST.