Morfologia craniana híbrida em populações humanas: uma análise morfométrica de crânios brasileiros de brancos, negros e pardos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Reis, Mariana Inglez dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41131/tde-28072015-152015/
Resumo: A caracterização fenotípica representa uma temática clássica na biologia evolutiva e o modo como diferentes caracteres respondem aos processos evolutivos tem sido problemática frequente em estudos envolvendo as mais diversas espécies. O presente trabalho visou investigar justamente como determinado fenótipo se comporta mediante o fluxo gênico. Primeiramente, explorou-se a possibilidade de se identificar e distinguir a partir de análises de traços craniométricos indivíduos anteriormente separados quanto a cor em três grupos: brancos, negros e pardos. Em um segundo momento, testou-se se a morfologia craniana expressa por indivíduos classificados como pardos seria intermediária em comparação com a expressa por brancos e negros. As análises estatísticas uni e multivariadas empregadas sobre os diferentes bancos de dados (dados brutos, dados das parcelas masculina e feminina separadamente, dados corrigidos para tamanho e também corrigidos para normalidade) apontaram ser possível discriminar os indivíduos previamente classificados de acordo com a cor em brancos, negros e pardos. Estes últimos, por sua vez, apresentam morfologia intermediária entre os grupos considerados parentais. Tais resultados permitem inferir que traços craniométricos, além de bons marcadores para a compreensão das relações histórico-biológicas populacionais, também seguiram o esperado como resposta ao fluxo gênico para um modelo de genética aditiva clássica segundo o qual a população híbrida apresenta frequências médias entre as populações parentais. Apesar de cor da pele e morfologia craniana representarem fenótipos com diferentes histórias evolutivas, observou-se correlação entre os dois caracteres para esta amostra, evidenciando-se que ambos representaram bons marcadores de mistura entre populações