Riqueza, abundância relativa e densidade de ninhos de meliponíneos (Apidae, Meliponini) em duas áreas de estágios sucessionais distintos de vegetação do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo (23°38\'S; 46°36\'W)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Sousa, Vanderson Cristiano de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41134/tde-03062014-085755/
Resumo: Os meliponíneos atuam como importantes polinizadores de espécies nativas nas regiões tropicais e subtropicais e apresentam uma grande relevância para as unidades de conservação. A disponibilidade de sítios de nidificação, conforme a oferta de diferentes substratos (cavidades em árvores e no solo, por exemplo), pode determinar a estrutura da comunidade de meliponíneos. Tendo como área de estudo o Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (23º 39\' S, 46º 37\'W), situado em meio de uma intensa urbanização na cidade de São Paulo - SP, este trabalho teve como objetivo principal o levantamento de ninhos de espécies de meliponíneos em duas áreas com fitofisionomias distintas: áreas de estágio sucessional secundário inicial (SI), com menor densidade de indivíduos arbóreos, e áreas de estágio secundário tardio (ST), com maior densidade de indivíduos arbóreos. Foram formuladas as seguintes hipóteses: 1) a riqueza e a diversidade de espécies de meliponíneos serão maiores nas áreas ST; 2) nas áreas ST, a maior disponibilidade de substratos para nidificação (ocos de árvores) implicaria em uma densidade maior de ninhos de meliponíneos, com o predomínio de espécies que nidificam em árvores; 3) nas áreas SI, os valores de riqueza e de abundância relativa de espécies de meliponíneos que nidificam no solo serão maiores que os valores para as espécies que nidificam em árvores, pela baixa densidade de indivíduos arbóreos; 4) ninhos de espécies do gênero Melipona só serão encontrados nas áreas ST, por nidificarem em ocos de árvores com grandes CAPs (circunferência à altura do peito). No total, foram encontrados 14 ninhos, de 4 espécies, todas da subtribo Trigonina. A espécie Paratrigona subnuda, que nidifica no solo, foi a que apresentou a maior abundância relativa de ninhos (n = 11; 78,57 %), com ninhos tanto em áreas SI (n = 2), como em áreas ST (n = 9). As demais espécies estiveram representadas por apenas um ninho cada: Trigona braueri (n = 1; 7,14 %) em SI, Scaptotrigona bipunctata (n=1; 7,14 %) e Trigona spinipes (n = 1; 7,14 %), ambas em ST. As áreas ST apresentaram a maior abundância relativa de ninhos (n = 11, 78,57 %) e, ao contrário do que esperávamos, nessas áreas, a abundância de ninhos subterrâneos foi maior que a de ninhos de árvores, fossem eles de suporte ou de cavidades. Também não foram encontrados ninhos de espécies do gênero Melipona, como suposto. Os valores de diversidade foram praticamente os mesmos (baixos) para ambos os estágios (SI - H\' = 0,60; ST- H\' = 0,64). Já a riqueza e a densidade de ninhos foram significativamente maiores nas áreas ST (SI - riqueza = 2, densidade = 1,43 ninhos/ha; ST - riqueza = 3, densidade = 5,24 ninhos/ha). A densidade de ninhos para toda a área de estudo (3,33 ninhos/ha) foi maior que a média encontrada para outros levantamentos realizados em áreas naturais