Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Mauro, Tereza Cristina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-06112014-150017/
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Resumo: |
Esta dissertação destina-se ao estudo do diálogo travado pelos poetas românticos Álvares de Azevedo (1831 - 1852) e Castro Alves (1847 - 1871) com o mito de Don Juan. Tal abordagem tem por escopo captar de que maneira as transformações sofridas na concepção do mito na passagem da lírica amorosa de Azevedo para a de Castro Alves são reflexo das distintas abordagens do sentimento amoroso por ambos os poetas, que vacilava entre o amor extremamente idealizado e o desejo carnal, relacionado à descrença e ao sarcasmo na obra do primeiro, enquanto que na obra do segundo a presença do referido mito teria uma contribuição decisiva para uma vivência amorosa mais plena. O exame aprofundado da apropriação do mito, fundamentado na visão de mundo instaurada pelo Romantismo, permite rever em novas bases a dita renovação (conceito sempre discutível quando posto à luz dos mitos e preceitos postos em circulação pelos românticos em contexto europeu) atribuída ao tratamento dispensado ao amor e à mulher na lírica de Castro Alves, sem ter de recorrer a filiações anacrônicas, como a de realismo avant la lettre. Tal exame permite também fundamentar a inserção do poeta baiano no sistema literário de então, a partir de uma análise interna dos poemas que abordam o mito em questão, evidenciando diálogos e tensões no confronto com o tratamento dado a esse tema comum à lírica do poeta baiano e à geração anterior, cuja figura de proa é Álvares de Azevedo |