Associação entre os parâmetros espinopélvicos e a composição dos discos intervertebrais lombares avaliada por meio da ressonância magnética: estudo em adultos jovens assintomáticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Reis, Rafael de Menezes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-17102018-160520/
Resumo: Introdução: Os discos intervertebrais são estruturas importantes para a manutenção da saúde da coluna vertebral. Sua integridade pode ser afetada quando há desequilíbrio sagital ou alterações nos parâmetros espinopélvicos da coluna vertebral. Propósito: Avaliar potencial associação entre os parâmetros espinopélvicos da coluna vertebral e os componentes bioquímicos dos discos intervertebrais lombares em indivíduos adultos jovens assintomáticos utilizando técnicas quantitativas em ressonância magnética. Métodos: Nosso grupo de estudo foi composto por 93 voluntários assintomáticos com idade entre 20 e 40 anos (49 mulheres e 44 homens). Imagens ponderadas em T2, relaxometria T2 e relaxometria T1? no plano sagital da coluna lombar foram adquiridas por meio de um aparelho de ressonância magnética de 1.5T. Os parâmetros espinopélvicos analizados incluíram inclinação sacral (IS), versão pélvica (VP), incidência pélvica (IP), lordose lombar (LL), cifose torácica (CT), alinhamento toracolombar (TL), eixo sagital vertical (SVA), ângulo espinossacral (SSA), comprimento de T1 a S1 e L1 a S1, estes mensurados em uma radiografia panorâmica da coluna. Os voluntários também foram subdividos dentro dos quatro subtipos posturais de Roussouly para verificar a incidência de discos degenerados entre estes subgrupos. Resultados: A LL correlacionou com os tempos de relaxação T2 em todos níveis discais (L1L2: R=0,28; L2L3: R=0,25; L3L4: R=0,22; L4L5: R=0,24; L5S1: R=0,31). Observou-se uma correlação similar entre CT e a relaxometria T2 em L4L5 (R=0,25) e L5S1 (R=0,29) e também entre TL e o tempo de relaxação de L5S1 (R=0,21). Apenas a VP correlacionou-se com a relaxometria T1? nos níveis de L3L4 (R= -0,24) e L4L5 (R= -0,26). O volume dos discos correlacionou com o comprimento de T1S1 em todos níveis (L1L2: R=0,61, L2L3: R=0,66, L3L4: R=0,64, L4L5: R=0,61, L5S1: R=0,47). O Tipo 2 de Roussouly apresentou uma frequência maior de discos degenerados em L4L5 que o Tipo 4 (P < 0,05). Conclusão: A baixa magnitude de alguns parâmetros espinoélvicos como LL, CT, TL e VP apresentam uma discreta associação com a redução conteúdo hídrico e de proteoglicanos dos discos lombares. Os demais parâmetros espinopélvicos não apresentaram correlação com a composição do disco em indivíduos jovens assintomáticos.