"Tempo de tratamento da tuberculose de pacientes inscritos em um serviço de saúde do município de Ribeirão Preto - SP (1998-1999)"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Sassaki, Cinthia Midori
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-29032005-105609/
Resumo: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo que busca analisar o tempo de tratamento da tuberculose de pacientes inscritos no Programa de Controle da Tuberculose de um serviço de saúde do município de Ribeirão Preto-SP, no período de janeiro de 1998 a dezembro de 1999. Os dados relativos a algumas variáveis sociodemográficas (sexo, idade, escolaridade e ocupação), ao diagnóstico (forma clínica), ao tratamento (condição, esquema, tipo, tempo e resultado de tratamento), a intercorrências "patológicas" e a doenças associadas (AIDS e alcoolismo) foram obtidos através de livros de registro e de prontuários. Utilizou-se o programa Epi-Info, versão 6.04d para o cadastramento, tabulação e análise dos dados. Observou-se que dos 140 pacientes em estudo, 105 (75%) pacientes curaram, 20 (14,29%) foram transferidos, 05 (3,57%) tiveram mudança de diagnóstico, 05 (3,57%) abandonaram e 05 (3,57%) foram a óbito. Em relação à cura, 39,05% curaram em até 6 meses; 39,05% entre 6,1 e 9 meses; 20% em mais de 9 meses e 1,9% foi ignorado. Identificou-se que a história de tratamento anterior, intercorrências patológicas, AIDS e alcoolismo contribuíram para o não-cumprimento correto da terapêutica, prolongando o tempo de tratamento entre os indivíduos curados. Quanto ao tempo de tratamento dos pacientes que não evoluíram para a cura, 09 (25,71%) não curaram após 6 meses de tratamento (03 abandonos; 03 óbitos; 02 mudanças de diagnóstico e 01 transferência). Pode-se verificar que as intercorrências podem acontecer ao longo do tratamento, ocasionando desvios como o não-cumprimento do esquema terapêutico, aumentando o tempo de tratamento, o risco de abandono e até mesmo o óbito. Além disso, o estudo possibilitou descrever o tempo de tratamento da tuberculose no Programa (diferença entre data da última e da primeira ingestão do medicamento) e o mês de término do tratamento registrado no prontuário (computado através do número de cartelas de medicamentos concluídos). Verificou-se que o dado registrado no prontuário altera o tempo real de tratamento da tuberculose, uma vez que essa anotação considera como 1 mês de tratamento, a contagem do término de 1 cartela de medicamentos concluída pelo paciente, que pode ter duração de mais de 30 dias. Constatou-se, neste estudo, o preenchimento incompleto das fichas de notificação e das folhas de evolução médica e de enfermagem, bem como o critério de registro correspondente ao mês de tratamento do doente, sugerindo uma maior atenção do serviço para esses fatos e melhor esclarecimento aos trabalhadores de saúde sobre os critérios e a precisão dos dados a serem informados.