Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Camargo, Luciano de Freitas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27157/tde-31052017-105300/
|
Resumo: |
Este trabalho apresenta uma reflexão sobre a música do compositor soviético Dmítri Chostakóvitch baseada na análise da Sinfonia nº 10 op. 93. Concluída logo após a morte de Jôsef Stálin, a obra carrega notáveis marcas de seu tempo e sua leitura demanda um cuidadoso estudo das questões relativas à significação musical, em especial uma discussão do conceito de ironia aplicado à música em suas mais diversas manifestações, desde a construção de estruturas musicais expressivas até a disposição de elementos singulares, que requerem uma leitura semiótica. Esta abordagem alinha-se com a perspectiva discursiva que relaciona ironia, intertextualidade e interdiscursividade: o cruzamento de vozes e a confluência de discursos, que constituem elementos fundamentais do conceito de polifonia proposto por Mikhaíl Bakhtín, são identificados aqui como uma chave de leitura capaz de evidenciar, também na música, a ironia como elemento estruturante. A análise da Sinfonia nº 10 a partir dessa perspectiva dá fundamento a novas hipóteses interpretativas e estéticas sobre a obra de Chostakóvitch, evidenciando no texto musical as contradições que surgem no desdobramento analítico do discurso sinfônico e confrontando a crítica histórica da música de Chostakóvitch com uma interpretação semiótica baseada na teoria dos tópicos musicais, desenvolvida a partir das propostas de Leonard Ratner. |