Caracterização da contaminação atmosférica por hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) em Cubatão-SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Rinaldi, Mirian Cilene Spasiani
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18147/tde-08052024-163543/
Resumo: Devido a potencialidade das plantas em acumular HPAs, têm-se sugerido seu uso como amostradoras passivas em estudos de biomonitoramento. Assim, dentro os objetivos desse trabalho, têm-se: verificar a contaminação por HPAs em Cubatão-SP e estabelecer possíveis fontes emissoras; avaliar a eficiência de amostragem dos HPAs mais tóxicos pela superfície foliar de três espécies vegetais (L. multiflorum, P. guajava e T pulchra) e comparar com o monitoramento físico-químico (coletas de partículas totais em suspensão - PTS) e estabelecer, entre as espécies vegetais testadas, qual é a de maior potencial para uso alternativo em monitoramento com vistas à delimitação espacial e temporal de riscos impostos por HPAs. Para a realização do estudo de biomonitoramento, foram selecionados 5 pontos em Cubatão: 2 pontos no Caminho do Mar (CM1 e CM5), atrás da refinaria Presidente Bernardes, e distintos quanto a altitude; 1 ponto no centro de Cubatão (Centro); 1 ponto no CEPEMA (USP), sendo próximo a rodovia Cônego Domenico Rangoni, e 1 ponto no Vale do rio Pilões (RP). O RP fica afastado das emissões do complexo industrial de Cubatão. No CEPEMA, os valores da concentração das partículas totais em suspensão variaram de 9,3 a 217,6 müg/M POT.3 e os valores da soma das concentrações dos HPAs variaram de 1,5 a 599,9 ng/M POT.3. A somatória HPAs acumulado nas folhas de L.multiflorum foi 3561 ng/g (RP) a 5038 ng/g (CEPEMA), 2426 ng/g (RP) a 7729 ng/g (CEPEMA), 2525 ng/g (CM5) a 4683 ng/g (Centro) e 4419 ng/g (CM1) a 9185 ng/g (RP), respectivamente, nos períodos de abril a julho de 2009, julho a outubro de 2009, outubro de 2009 a janeiro de 2010 e janeiro a abril de 2010. HPAs presentes nas PTS, coletadas no CEPEMA, indicou que a região é afetada por diversas fontes emissoras desses compostos. Entre as espécies vegetais testadas, o L. multiflorum mostrou maior eficiência em acumular em suas folhas os compostos de HPAs. Porém, através da regressão linear entre logBCF e logKoa foi possível verificar que essa gramínea é uma eficiente biomonitora de HPAs leves e pesados presentes na fase particulada da atmosfera em temperaturas ambientes amenas e em períodos menos chuvosos. As plantas acumularam predominantemente compostos de HPAs com baixa massa molecular, enquanto nas PTS existe uma distribuição mais homogênea destes compostos, prevalecendo os de baixa massa molecular. Entre os HPAs avaliados, os compostos naftaleno, antraceno e acenafteno foram detectados em maiores concentrações nas folhas de L. multiflorum, em todos os locais de estudo. Entre os compostos mais pesados, criseno, pireno, benzo[b]fluoranteno e benzo[k]fluoranteno também foram detectados em concentrações elevadas. CEPEMA e Centro receberam uma dose maior de HP As oriundos de processos de combustão, com relação aos outros locais. CEPEMA, Centro e RP são mais afetados pelas emissões veiculares que os locais CM5 e CM1