Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Brito, Juliana Pires |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-17092015-111807/
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Resumo: |
A termorretificação ou retificação térmica é uma técnica auxiliar na preservação da madeira, sendo um processo controlado de pirólise, em temperaturas que variam entre 140°C a 220°C. No presente trabalho, foi testada a hipótese de que a termorretificação na temperatura de 200ºC aumenta a resistência da madeira em relação ao ataque de cupins, buscando identificar se tal efeito é resultante da menor disponibilidade de água ou da deposição de substâncias tóxicas ou repelentes formadas durante a degradação térmica. Foi constatado que as alterações provocadas pela termorretificação reduzem a capacidade de adsorção de água pela madeira e, consequentemente, o seu teor de umidade de equilíbrio. As substâncias geradas durante o processo de termorretificação, extraídas em água quente, tem efeito preservativo quando aplicadas à madeira natural, com diferentes resultados entre as espécies florestais. A termorretificação reduziu a capacidade de ação do Cryptotermes brevis, com efeito mais acentuado no Pinus taeda. A remoção dos extrativos da madeira termorretificada, por si só, não implicou no aumento da intensidade da ação dos cupins, o que somente se tornou mais evidente quando aumentou o teor de umidade do material. Em relação ao Nasutitermes corniger, ocorreram diferenças na ação dos cupins em relação ao tipo de oferta de alimento, bem como em relação às espécies de madeira. Para a alimentação forçada, houve acentuado efeito da termorretificação, em ambas as espécies de madeira, tendo ocorrido uma acentuada redução na perda de massa das madeiras quando comparada à madeira original. Constatou-se haver efeito dos extrativos na redução da ação dos cupins de solo, com maior ênfase para a madeira de Pinus taeda. No ensaio de preferência alimentar, nenhum dos tratamentos avaliados foi eficiente para prevenir a degradação pelos cupins, com o Pinus taeda apresentando maior suscetibilidade em comparação com o Corymbia citriodora. Considerando o conjunto dos resultados, conclui-se que a madeira termorretificada é resistente ao ataque de cupins de madeira e essa resistência é decorrente da interação entre a menor higroscopicidade provocada pela modificação química do material e a presença dos extrativos gerados durante o processo de termorretificação; e que o efeito preservativo da termorretificação não é suficiente para indicar o uso da madeira termotratada em contato direto com o solo, devido à suscetibilidade aos cupins subterrâneos. |