Percepção de pais e professores do desenvolvimento de crianças de três a seis anos comparada com o Teste de Denver II

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Gannam, Silmar de Souza Abu
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-02022010-124941/
Resumo: Segundo a Organização Mundial de Saúde, a prevalência mundial dos distúrbios do desenvolvimento e dos transtornos mentais e comportamentais na infância e adolescência é de 10% a 20%. No Brasil, um levantamento nacional realizado em 2008 pela Associação Brasileira de Psiquiatria encontrou cinco milhões de crianças entre seis e dezessete anos com algum sintoma de transtorno mental relatado pela mãe. Entretanto, apenas 30% dos atrasos de desenvolvimento são diagnosticados na atenção primária. Quanto mais precocemente ocorrer a intervenção dos atrasos e alterações de desenvolvimento, melhor o prognóstico e a possibilidade de evitar agravos futuros. Desta maneira, o foco da detecção desses problemas deve ser voltado à primeira infância, ou seja, antes de a criança iniciar o processo de alfabetização. O objetivo desse estudo foi comparar a avaliação do desenvolvimento de crianças na faixa etária de três a seis anos de uma Escola Municipal de Educação Infantil realizada por um médico usando o Teste de Denver II com a percepção de pais e de professores. Optouse por um estudo descritivo e pelo uso de procedimentos metodológicos quantitativos e qualitativos. A associação de metodologia qualitativa foi necessária na análise dos questionários e entrevistas usadas para a obtenção da percepção dos pais e dos professores. A população do estudo foi de 220 crianças e 10 professoras. Encontrou-se uma prevalência de suspeita para alteração do desenvolvimento de 12,3%. Os três procedimentos utilizados - Teste de Denver II, percepção dos pais e percepção dos professores - detectaram número semelhante de crianças com risco de problemas de desenvolvimento: 26 (11,8%), 22 (10%) e 21 (9,5%), respectivamente. Essas diferenças não foram estatisticamente significativas. Também não houve diferença estatisticamente significante para as variáveis idade, sexo, renda familiar mensal per capita e escolaridade materna. Conclui-se, portanto, que tanto a percepção dos pais como a de professores parecem ser formas adequadas de triagem de suspeita de atraso do desenvolvimento quando comparadas ao Teste de Denver II.