Resíduos tóxicos industriais organoclorados em Samaritá: um problema de saúde pública

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1994
Autor(a) principal: Silva, Agnes Soares da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6134/tde-11112022-202548/
Resumo: Foi feito um estudo sobre a disposição ambiental de resíduos sólidos industriais organoclorados na região de Samaritá (município de São Vicente, SP), e de prevalência dos níveis de hexaclorobenzeno (HCB) no sangue da população da região. Os principais objetivos foram: descrever, numa perspectiva histórica, aspectos econômicos, políticos e sociais que influíram na determinação do problema de Samaritá; buscar os dados existentes para a avaliação de impacto ambiental e sobre a saúde e organizá-los para serem submetidos à análise; estudar as medidas de controle adotadas e propor estratégias de monitoramento da população exposta aos resíduos químicos; avaliar criticamente as medidas adotadas e os dados existentes e identificar necessidades de estudos e intervenções futuras. Procedeu-se a um levantamento bibliográfico que incluiu fichas toxicológicas de indústrias, literatura técnico científica e publicações de organismos internacionais de pesquisa. Os dados de contaminação ambiental e os utilizados para o estudo de prevalência do HCB na população foram obtidos de fontes secundárias, assim como parte das informações para a caracterização da área em estudo. Para a análise estatística foi utilizada a técnica de análise de variância com 1 fator (ANOVA) que mostrou diferenças significativas de HCB sanguíneo da população estudada (n=234), relacionadas, principalmente, aos locais de moradia, sendo mais elevados no grupo de moradores mais próximo dos \"lixões\". As medidas de controle adotadas até o momento não impedem o contato da população vizinha com os resíduos. Sugere-se um acompanhamento de saúde da população na busca por alterações clínicas e epidemiológicas e maior controle das áreas contaminadas, delimitando sua extensão. Não há comunicação adequada com a população exposta que tem sido mantida alheia às medidas técnicas adotadas até o momento.