Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2000 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Raimundo Antonio Gomes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9136/tde-10032020-144624/
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Resumo: |
É consenso que o advento da automação trouxe grande avanço na precisão e exatidão nas contagens de plaquetas em amostras normais. Entretanto, a correta contagem em amostras trombocitopênicas ainda é bastante controversa. A grande tendência em diminuir os limites de corte para se indicar transfusão de plaquetas, principalmente em função dos riscos de transmissão de doenças e do seu alto custo, impõe que a precisão e exatidão das contagens destes elementos sanguíneos tenham se tornado cada vez mais importantes. Desta forma, nosso trabalho procurou avaliar a exatidão e precisão de quatro contadores automáticos, o ADVIA (Bayer), o STKS (Coulter), o H1 (Technicon) e o T-890 (Coulter), dois métodos manuais diretos em câmara de contagem (Maspes-Jamra e Brecher-Cronkite- método de referência) e dois métodos indiretos. Em um destes foi utilizado o fator 20.000 para conversão de plaqueta por campo para plaqueta por mm3 (\"Mét. indireto 1\") e o outro que obtém o número de plaquetas por mm3 através da relação de equivalência entre o número de plaquetas por campo/eritrócitos por campo e o número de plaquetas por mm3/eritrócitos por mm3 (\"Mét. indireto 2\"). Esta avaliação foi feita tanto em amostras normais quanto em amostras plaquetopênicas, tendo como parâmetro de referência os resultados obtidos pelo método preconizado pelo Intemational Commitee of Standardization in Haematology (ICSH 1984/1988). Nossos resultados demonstraram não haver diferenças significativas entre os aparelhos e o método de referência para amostras normais. Entretanto, o método de Maspes-Jamra apresentou resultados significativamente mais elevados em relação ao método ICSH com diferença de +145.400 plaq/mm3 (p < 0,001), provavelmente em função da retenção de plasma livre de plaquetas entre as hemácias. Os aparelhos automáticos apresentaram excelente precisão e exatidão dos aparelhos nas amostras plaquetopênicas obtidas em laboratório a partir de diluições das próprias amostras normais. De modo distinto, nos pacientes plaquetopênicos, apenas o ADVIA que utiliza dois princípios de contagem (volumetria por dispersão da luz laser e índice de refração), demonstrou boa correlação (r) = 0,947 em relação ao método ICSH nas amostras com menos de 30.000 plaq/mm3. Os demais aparelhos, que se utilizam apenas da volumetria como princípio de contagem, não apresentaram resultados satisfatórios. Entretanto, a análise de alarmes demonstrou, em todos os aparelhos, grande capacidade de acusar resultados passíveis de erros. Os dois métodos indiretos com CV = 26,02 demonstraram ser bem menos precisos do que todos os demais (p < 0,001 ). Além disso, o \"mét. indireto 1\" obteve resultados significativamente mais elevados do que os obtidos pelo método ICSH (p < 0,001 ). Assim, podemos afirmar que a contagem exata de plaquetas em níveis baixos continua sendo um grande problema. A falta de concordância de resultados entre os contadores, de um modo geral,- pode dificultar o estabelecimento e uniformização dos limites de contagem de plaquetas para a indicação de transfusão. O uso do método de referência ICSH para amostras severamente plaquetopênicas sujeitas a erros pelos contadores, apesar de menos prática que as estimativas indiretas, ainda é o procedimento mais prudente. A utilização das mais novas gerações de aparelhos tende a tornar mais segura a tomada de decisões para transfusões terapêuticas em pacientes com risco de sangramento. |