Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Tannus, Andrea Ferreira Schuwartz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-17022005-103658/
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Resumo: |
Não existe um consenso do efeito da suplementação de glutamina sobre a síntese protéica. No entanto, sugere-se que em animais desnutridos submetidos a trauma orgânico ou não, a glutamina além de seu papel no metabolismo energético, poderia ter efeito sobre a taxa de reciclagem protéica, tornando-se um aminoácido, condicionalmente, essencial. O objetivo deste trabalho foi determinar a incorporação protéica do aminoácido marcado 13C leucina em proteínas do plasma e da mucosa intestinal em ratos portadores de desnutrição protéico-calórica, suplementados ou não com glutamina via oral. Os animais foram pareados pelo peso/idade e subdivididos em 5 grupos: grupo controle nutrido (grupo 1), grupo controle desnutrido (grupo 2), grupo realimentado (grupo 2 A), grupo realimentado e suplementado com proteína e glutamina (grupo 2B) e grupo realimentado e suplementado com glutamina, a suplementação de glutamina por via oral durante 14 dias (0,42g/kg/dia). O estudo não teve por objetivo avaliar a fisiopatologia da desnutrição, mas sim o efeito terapêutico da oferta de glutamina no tratamento de animais desnutridos e em analogia, ao que ocorreria com pacientes desnutridos e internados. O estudo cinético efetuou-se por meio de infusão contínua  620mol/h L-[1-13C]-leucina durante 4 horas. O grupo de animais desnutridos (grupo 2), que recebeu 50% da alimentação recomendada, perdeu peso continuamente durante o experimento. Os grupos que receberam tratamentos dietoterápicos recuperaram o peso corporal, independente do tipo de realimentação e/ou suplementação de glutamina. O nitrogênio urinário teve comportamento similar ao do peso, ratificando o efeito de um tratamento dietético, independente da fonte de suplementação glutâmica. Os resultados de concentração plasmática de aminoácidos não foram uniformes tanto para os aminoácidos essenciais quanto para os aminoácidos considerados não essenciais. Reforçando tanto o ganho de peso, como a excreção de nitrogênio, tiveram comportamento semelhante independente da suplementação de glutamina. Na concentração plasmática de glutamina a diferença foi 64912 vs 17114mol/l, no grupo controle nutrido (grupo 1) e grupo controle desnutrido (grupo 2), respectivamente. Houve diferença significativa de enriquecimento plasmático isotópico de 13C leucina 1,270,5 vs 3,21,2, e enriquecimento de 13C KIC 1,930,6 vs 4,040,9 MPE%, respectivamente nos grupos 1 e 2. O enriquecimento isotópico de 13C leucina na proteína da mucosa intestinal, mostrou-se significativo entre os grupos 1 e 2, respectivamente, 0,00240,0006 vs 0,00200,0001 MPE% e o enriquecimento isotópico de 13C leucina livre apresentou-se semelhante com diferença entre os grupos 1 e 2, respectivamente 0,00190,00030 vs 0,00280,0007 MPE%. A taxa de síntese fracionada (FSR) foi menor no grupo controle desnutrido (grupo 2) 0,00370,0007/h em comparação ao grupo controle nutrido (grupo 1) 0,00440,0005/h e similar nos grupos experimentais. Conclui-se que a oferta de glutamina não estimulou ou alterou a incorporação protéica de aminoácido marcado, sendo que os resultados obtidos nos grupos suplementados com glutamina assemelharam-se aos encontrados no grupo de animais tratados com dieta. Desta maneira, sugere-se que o uso de suplemento de glutamina via oral não seja necessário no tratamento de animais desnutridos. |