Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Mauch, Michel |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27155/tde-18052015-164353/
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Resumo: |
Esta pesquisa tem como objetivo apresentar o desenvolvimento do trabalho artísticopedagógico- teatral de Maria Osipovna Knebel (1898 - 1985). Focamo-nos na criação e no desdobramento de sua filosofia pedagógica, bem como analisamos e discutimos o monólogo interior. No Primeiro Capítulo, enfatizamos a relação de Knebel com Mikhail Tchekhov (1891 - 1965) e os caminhos que levaram-na a seguir a carreira teatral. Dentro desse contexto, fazemos uma breve análise sobre o trabalho improvisacional tchekhoviano e sua influência sobre a formação da diretorapedagoga. Em um salto, vamos da primeira classe de Knebel para o convite de Konstantin Stanislavski (1863 - 1938) para que ela fosse sua ajudante no Estúdio Operístico-Dramático. Procuramos situar a relação política e artística desenvolvida nesse local, dando relevância à renovação do \"sistema\" feita por Stanislavski. Igualmente, buscamos colocar em foco a questão da \'análise do papel durante a ação\', mais conhecida como análise ativa. Nesse ponto, verticalizamo-nos na prospecção pela inteligência e nos études. O Segundo Capítulo também está dividido em duas partes. Em um primeiro momento, discutimos o segundo plano na direção de Vladmir Ivanovitch Nemirovitch-Dantchenko (1858 - 1943). Procuramos salientar a irradiação do pensamento no trabalho ator-personagem e a maneira que esse elemento pode ser corporificado pelo intérprete no trabalho criativo da cena; principalmente no que tange aos momentos de silêncio da obra teatral. Esmiuçamos a visão crítica e o aprendizado sobre questões de direção que Knebel aponta em Nemirovitch-Dantchenko, na condução de Os Courantes do Kremlin de Nicolai F. Pagodin (1900 - 1962), em 1940. Pensando na ação prática da pedagogia knebeliana, levantamos o desenvolvimento de seu trabalho na GITIS (Academia Russa de Artes Cênicas), com apontamentos e referência ao Teatro Central da Criança de Moscou. Expomos a relação aberta de sua pedagogia com Aleksei Dmitrievitch Popov (1892 -- 1961) na verticalização sobre a necessidade de perceber primeiro a experiência no mundo e, posteriormente, traduzi-las sensível, crítica e artisticamente na composição cênica. Sempre numa condução pedagógica libertária e holística. No Terceiro Capítulo discutimos o conceito de monólogo e solilóquio, monólogo interior e fluxo de consciência, tendo como base os conceitos e terminologias da literatura e, posteriormente, do teatro. Ainda sobre o monólogo interior, debatemos a sua importância com os demais elementos do \"sistema\" e sua conjugação no trabalho de Knebel como diretora-pedagoga. Procuramos examinar as relações da criação do monólogo interior e a formação do pensamento na criação, segundo as teorias de Lev Semenivitch Vigotski (1896 - 1934), apontado para as questões sociais, políticas, culturais, ideológicas no desenvolvimento da obra teatral |