Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Macedo, Jeferson Mateus Moussa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59138/tde-06032023-132726/
|
Resumo: |
O objetivo foi avaliar a ação de nanopartículas de hidroxiapatita com incorporação de diferentes porcentagens de Sr2+ e carreadas por colágeno tipo I na remineralização e obliteração dos túbulos dentinários bem como seu efeito em células da polpa dental humana. Inicialmente foram sintetizadas nanopartículas de hidroxiapatita contendo porcentagens molares de Sr2+ de 0%, 10%, 50% e 100%. A fim de caracterizar as nanopartículas produzidas, realizou-se análises de difratometria de raios-x, microscopia eletrônica de varredura e transmissão, Espectroscopia no infravermelho com transformada de Fourier, Liberação de cálcio e Carga de superfície. Sequencialmente foram produzidos géis a partir da mistura das nanopartículas com solução de colágeno tipo I extraídos da cauda de camundongos, e géis a partir da mistura das nanopartículas com poli álcool vinílico para comparação. A etapa seguinte consistiu em obter discos de dentina a partir de terceiros molares humanos hígidos extraídos para aplicação dos géis de nanopartículas com colágeno tipo I e poli álcool vinílico. Os discos foram tratados com EDTA para suas características químicas e morfológicas estarem semelhantes ao tecido dentinário desmineralizado. Os discos foram então caracterizados química e morfologicamente por microscopia eletrônica de varredura, Espectroscopia no infravermelho com transformada de Fourier, Energia livre de superfície, microscopia confocal, teste de permeabilidade e microdureza, sendo todas as caracterizações feitas antes e após as aplicações dos géis. As aplicações foram feitas segundo protocolo que incluía desafio ácido entre os tratamentos para simular as variações de pH no ambiente oral. Os resultados mostraram viabilidade na síntese de nanopartículas de hidroxiapatita com diferentes porcentagens de estrôncio incorporado, e alteração na estrutura cristalina resultante da presença do Sr2+ . Foi possível a formação de um gel contendo as nanopartículas com o colágeno tipo I, sem que este tivesse perda das fibrilas. Os tratamentos sobre os discos mineralizados indicaram maior efetividade para as nanopartículas carreadas por colágeno, em especial para as partículas contendo 50% de Sr2+ incorporado. As características físico-químicas e morfológicas foram restauradas, com exceção para a microdureza. A permeabilidade, o fator fundamental ao considerar hipersensibilidade, foi restaurada após os tratamentos das nanopartículas contendo colágeno. Os testes em células da polpa dentária humana indicaram que as nanopartículas não são tóxicas, bem como o aumento da formação de nódulos mineralizantes para as nanopartículas com total incorporação de Sr2+ , além da indução da diferenciação osteogênica. Conclui-se que neste trabalho foi possível a obtenção de nanopartículas de hidroxiapatita por co-precipitação com tamanho nanométrico e com estrôncio incorporado bem como a formação de géis de nanopartículas com colágeno tipo I íntegro. Os tratamentos com os géis de colágeno foram eficientes na obliteração dos túbulos em comparação aos géis de PVA, além de os géis de colágeno restauraram a permeabilidade evidenciando também uma tendência à remineralização. As nanopartículas induziram a diferenciação osteogênica, e não inibiram a mineralização nem a viabilidade celular. |