Efeito de nanopartículas de carbonato de estrôncio e carbonato de cálcio parcialmente substituído por estrôncio na remineralização e obliteração tubular da dentina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Dotta, Tatiane Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58131/tde-03102022-111607/
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade de remineralização e obliteração tubular da dentina submetida a tratamento com agentes dessensibilizantes de carbonato de estrôncio e carbonato de cálcio parcialmente substituído por estrôncio, por meio da análise das propriedades químicas e morfológicas da dentina. Foram utilizados os seguintes agentes dessensibilizantes: D1 - SrCO3 (Carbonato de Estrôncio); D2 - SrxCa1-xCO3 (Carbonato de Cálcio parcialmente substituído por Estrôncio); D3 - CaCO3 (Carbonato de Cálcio), D4 - Acetato de Estrôncio (Sensodyne® Rápido Alívio) (controle positivo) e D5 - Colgate® My First (controle negativo). Inicialmente, foram feitas as sínteses de partículas de SrCO3, SrxCa1-xCO3 e CaCO3 que fazem parte das formulações que foram testadas. A fim de caracterizar as nanopartículas produzidas, realizou-se análises de Difração de Raio X, Diâmetro hidrodinâmico, Carga superficial e Microscopia Eletrônica de Varredura. Na sequência, preparou-se o gel de nanopartículas, partindo-se da mistura de cada nanopartícula com gel de Poli (Álcool Vinílico) (PVA), e a fim de caracterizar o gel conforme sua viscosidade, realizou-se tal análise utilizando um Reômetro. Para análises química e morfológica da dentina, foram utilizados 30 terceiros molares humanos hígidos extraídos, seccionados acima da junção amelocementária, obtendo-se 30 discos de dentina de 1mm de espessura. Dentre os 30 discos, 25 foram selecionados para serem escovados de acordo com os grupos experimentais propostos, e 5 para verificação complementar da escovação associada com o efeito do desafio ácido. O tratamento dessensibilizante consistiu de dois ciclos de escovação por dia, onde os espécimes foram levados à máquina de simulação de escovação mecânica, fixados e escovados por 10 segundos. Uma hora após, os espécimes selecionados para o desafio ácido foram condicionados em refrigerante de cola (Coca® Cola) sob agitação por 2 minutos, com auxílio de mesa agitadora. Os espécimes foram submetidos à análise de Composição Química da dentina por meio de Espectroscopia de Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR) nos tempos experimentais de T0 (inicial), T1 (01 dia), T2 (07 dias) e T3 (14 dias), e Espectroscopia por Dispersão de Raios X (EDS) nos tempos de Inicial e 14 dias, e à análise de Percentual e Profundidade de obliteração dos túbulos dentinários por meio de um Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV) nos tempos Inicial e 14 dias. Resultados: As análises de FTIR mostraram variações de composição relacionadas ao aumento da quantidade de grupos carbonatos sobre a superfície dentinária. Os espectros de EDS indicaram a presença de estrôncio nas amostras escovadas com D1 e D2, e considerável aumento após desafio ácido, em comparação aos demais grupos. E as imagens de MEV mostraram que a presença dos grupos carbonatos estavam relacionados com a deposição das nanopartículas que não foram removidas após o desafio ácido. Conclui-se que as nanopartículas experimentais de SrCO3 (D1) e SrxCa1-xCO3 (D2) foram eficazes na obliteração e remineralização parcial da dentina, com recobrimento estável após desafio ácido.